O verão é um dos períodos mais aguardados por milhares de brasileiros que apreciam os dias ensolarados do ano, mas é preciso cuidados com a pele e com a alimentação para aproveitar a época da melhor forma.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta para os riscos que a exposição solar em excesso e desprotegida trazem, como alterações celulares que podem levar ao desenvolvimento do câncer de pele.
De acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais comum no Brasil e corresponde a 30% de todos os tumores malignos, sendo uma ocorrência maior do que quaisquer outros, como o câncer de próstata, mama, cólon, reto, pulmão e estômago.
Adotar medidas simples como o uso de protetor solar com fator acima de 30 todos os dias, inclusive quando estiver nublado, não se expor ao sol entre 10h e 16h e fazer uso de alguma proteção física, como chapéu, boné e até roupas que cubram boa parte do corpo, são fundamentais na prevenção do câncer de pele.
Outra dica importante é começar a prevenção na infância, já que o hábito de se expor ao sol em excesso é muito comum desde essa fase.
“As crianças que são ensinadas a utilizar o protetor solar diariamente e que entendem a importância de se proteger do sol em horários de risco, entre 10h e 16h, tendem a se tornar adultos mais cuidadosos. Nosso foco é que, com esses bons hábitos na infância, haja projeção para as futuras gerações, reduzindo a ocorrência do câncer de pele”, comenta Renata Bertino, dermatologista e docente do Instituto de Educação Médica (IDOMED).
Pessoas de pele clara, com pintas e manchas, idosos, quem se expôs muito ao sol ao longo da vida e quem tem histórico de câncer de pele na família estão mais propensos a desenvolver a doença. Para esse público, junto a quem está em tratamento estético, o recomendado é usar filtro solar fator 50, ou maior. Somado a isso, o acompanhamento anual e periódico com um dermatologista é indicado para que o diagnóstico da doença possa ser feito precocemente, quando apresenta altos percentuais de cura.
Para quem, mesmo no verão, prefere o bronzeamento artificial, a profissional lembra que ele também oferece risco de desenvolvimento de câncer de pele, ainda maior que a exposição aos raios solares. Desde 2009, quando foram consideradas cancerígenas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as câmaras de bronzeamento foram proibidas no Brasil, único país a ter essa iniciativa e, por isso, referência no combate ao câncer de pele.