A semana que vem deve ser decisiva para alguns pontos do pacote de corte de gastos do governo federal. O limite para o aumento do salário mínimo, por exemplo, pode ser votado.
O presidente voltou a Brasília após participar da cúpula do Mercosul, no Uruguai, já de olho na política nacional. Lula vai aproveitar o fim de semana para conversar com conselheiros e líderes da base sobre o pacote de corte de gastos. Ele tem sido cobrado por petistas para entrar em campo e ajudar a negociar a aprovação rápida das medidas.
Lula, no entanto, tem recebido relatos definidos como “tranquilizadores” sobre a situação no Congresso. Ministros o informaram que o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o do Senado, Rodrigo Pacheco, estão apoiando as propostas. A próxima semana será decisiva.
A intenção é votar na terça ou na quarta o limite de 2,5% além da inflação para o aumento do salário mínimo e o endurecimento das regras para o benefício de prestação continuada, o BPC.
A urgência para os textos seguirem para o plenário, passou com apenas três votos além do mínimo necessário, o que acendeu o sinal amarelo no Planalto. Mas a avaliação é de que a liberação nos próximos dias de quase R$ 8 bilhões em emendas parlamentares, normalmente obras nos redutos eleitorais dos políticos, deve facilitar a tramitação. O PT não acredita na votação do pacote na semana que vem.
Psol, União Brasil, que conta com três ministros, e PSB, com o mesmo número de integrantes na esplanada, foram os partidos da base que entregaram menos votos para a urgência no pacote.
O vice-líder do União afirma que o governo lavou as mãos diante das novas exigências do supremo para a liberação das emendas. Em uma sinalização de apoio ao Congresso, a Advocacia-Geral da União já pediu ao STF que revise a decisão.