Chuvas acima da média têm um impacto significativo na redução das áreas afetadas pelo fenômeno da seca no RN
As chuvas acima da média ao longo do ano de 2023 e nos primeiros meses de 2024 tiveram um impacto significativo na redução das áreas afetadas pelo fenômeno da seca no Rio Grande do Norte. É o que apontam os dados recentes do Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e referentes ao mês de março de 2024, que mostram que apenas 8 dos 167 municípios do estado estão classificados na categoria de seca fraca.
No ano de 2023, as chuvas ficaram 9,2% acima da média esperada, enquanto os primeiros dois meses de 2024, janeiro e fevereiro, registraram volumes acima da média em 29,4% e 48,1%, respectivamente.
“Analisando o mês de março em anos anteriores, observou-se que pela primeira vez em seis anos, o Rio Grande do Norte está praticamente sem seca graças à melhoria nos indicadores de precipitação, o que resultou no recuo da seca fraca em praticamente todo o estado”, comentou Josemir Neves, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, responsável pela coordenação da validação do monitor no âmbito do estado.
O Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn) monitora 63 reservatórios em todo o RN, dos quais 22 estão com capacidade máxima.
Destaque nacional para a barragem Marechal Dutra (Gargalheiras), que atingiu sua capacidade máxima após 13 anos. A sangria do reservatório, juntamente com o açude Dourado, também com 100% de sua capacidade, assegura o abastecimento de Currais Novos e Acari pelos próximos quatro anos.
Os municípios que ainda enfrentam seca são Paraná, Major Sales, Luís Gomes, Riacho de Santana, Coronel João Pessoa, Venha-Ver e São Miguel, todos localizados na região do Alto Oeste Potiguar.