Técnica de médico potiguar é referência internacional para cirurgias cardíacas

Foto: Huol

Cirurgião cardiovascular do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh), Waldo Pinheiro Daniel se tornou expoente em método minimamente invasivo, durante encontro do corpo docente internacional das três principais sociedades em cirurgia torácica do mundo – Europa, Estados Unidos e América Latina -, em que ele elencou a técnica minimamente invasiva de revascularização do miocárdio multiarterial sem circulação extra-corpórea.

O especialista foi escalado para multiplicar o procedimento na Conferência de Cirurgia Cardiovascular para a América Latina, realizada no período de 1º a 3 de dezembro, em Cartagena, na Colômbia.

Segundo o Huol, a Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva (CCMI) é uma alternativa ao método convencional, que exige incisão no osso esterno do paciente, de aproximadamente 25 centímetros, para que o cirurgião possa visualizar o coração. 

No método aplicado pelo médico Waldo não há a necessidade de serrar qualquer osso, pois é feita através de uma pequena e discreta incisão, de aproximadamente 4 a 8 centímetros no espaço entre as costelas. Daí se dizer que é minimamente invasivo.

“O procedimento é realizado com uma micro câmera inserida no paciente para que o cirurgião tenha uma visão ampliada do coração, e assim possa realizar os procedimentos com mais segurança”, detalha o especialista.

Não é uma técnica criada hoje: Waldo Daniel faz uso do procedimento minimamente invasivo há pelo menos 17 anos, caminhando lado a lado com os estudos e pesquisas de países mais desenvolvidos na área, aperfeiçoando e reunindo casos da sua efetividade.

Vantagens da técnica

“Considerando que se trata de uma pequena incisão, sem serrar qualquer osso, a CCMI diminui o risco de infecção, reduz fortemente o trauma cirúrgico, acelera a recuperação do paciente, permite o retorno às atividades cotidianas em curto prazo, além de agregar benefícios estéticos. No resultado final, a cirurgia fica praticamente imperceptível, impactando na autoestima e recuperação emocional, pois não há aquela grande cicatriz estigmatizante da cirurgia tradicional, com corte vertical entre as mamas. É uma vantagem para todos os pacientes, especialmente para as mulheres, que poderão continuar usando seus decotes, biquínis, sem qualquer cicatriz evidenciando a intervenção cirúrgica”, explica o especialista.

Outra vantagem é que na técnica minimamente invasiva raramente há necessidade de transfusão sanguínea, pois a perda sanguínea é acentuadamente inferior à cirurgia convencional.

Revista BZZ



Liga Contra o Câncer realiza primeira cirurgia de próstata com método inovador

A cirurgia é indicada para pacientes que apresentam Hiperplasia Prostática. Foto: Divulgação

A Liga Contra o Câncer realiza nesta sexta-feira (23) sua primeira cirurgia usando o método de Enucleação Endoscópica Prostática com Holmium Laser (HoLEP), um método inovador e minimamente invasivo. O procedimento acontece na unidade hospitalar Policlínica.

A cirurgia é indicada para pacientes que apresentam Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), um aumento da glândula da próstata. O procedimento é realizado via transuretral, sem corte ou incisões, usando um aparelho que permite a passagem da fibra laser, e apresenta melhores resultados que o RTU de próstata. Entre os benefícios estão o menor tempo de internação, redução de risco de sangramento durante o procedimento e no pós operatório, risco mínimo de impotência e uma queda da taxa recidiva.


“É uma técnica inovadora, um grande ganho em tecnologia para a Liga e realizada por urologistas. Serão feitas escalas com os médicos para que o equipamento seja levado para o hospital de referência, que é a Policlínica, para que as cirurgias sejam feitas em determinados períodos”, explica Karol Almeida, gerente comercial da Liga. De acordo com ela, os procedimentos devem acontecer com regularidade, seguindo a demanda clínica da instituição, usando equipamento fornecido pela Sinergia Médica.

Tribuna do Norte



Covid-19: casos crescem 39% e óbitos têm redução de 82% no RN em 2022

Segundo infectologistas, os números de transmissão e óbitos refletem o prognóstico dos produtores de vacina. Mortes caíram drasticamente. Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Mais casos confirmados, novas variantes, redução de mortes, queda nas internações e avanço da vacinação. Esse foi o cenário da covid-19 no Rio Grande do Norte em 2022. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) e compilados pela Tribuna do Norte mostram que de janeiro a dezembro deste ano, o estado registrou redução de 82,3% nos óbitos e um crescimento de 39,3% no diagnóstico de novos casos frente ao mesmo período de 2021. Em números absolutos, neste intervalo, as mortes despencaram de 4.668 para 823. Já os casos subiram de 246.661 para 343.605. Especialistas destacam vacinação e projetam 2023.

A médica infectologista Marise Reis diz que os dados refletem o impacto positivo da vacinação. “O surgimento de variantes foi um fenômeno que aconteceu internacionalmente e teve repercussão por aqui. No entanto, o fato de termos investido em vacinação da população trouxe esse impacto positivo que foi essa grande redução. Então assim, como é que se tem um aumento significativo no número de casos e isso não repercute nas mortes? Por causa da vacina. A gente tem uma proporção vacinada em um nível que nos assegura isso”, destaca a profissional.


O epidemiologista Ion de Andrade reforça que os resultados de 2022 no âmbito do combate à pandemia confirmam uma lógica científica. “É o que as vacinas previam antes mesmo delas serem aplicadas. Isso confirma o que foi antecipado pelos laboratórios produtores, que mostraram que as vacinas tinham um efeito sobre a gravidade e um efeito menor sobre a transmissibilidade. Então, o ocorrido no ano de 2022 com o aumento do número de casos e diminuição do número de óbitos tem a ver com o perfil previsto nos protocolos das vacinas”, complementa o médico e pesquisador.

O RN hoje está com a taxa de ocupação de leitos críticos em 59,6%, com 31 pacientes internados em leitos críticos e outros 27 em leitos de enfermaria. Ao todo, o Estado tem hoje 154 leitos instalados, sendo 66 críticos e 88 clínicos, de acordo com o Regula RN. “No pico da pandemia, nós chegamos a ter 430 pacientes internados em UTI e agora nesse último pico, entre novembro e dezembro, nós chegamos a ter no máximo 45 pacientes internados em UTI com covid-19. Então, é outro indicativo positivo porque a vacina reduziu o internamento e consequentemente reduziu o óbito”, destaca Ricardo Valentim, diretor do Laboratório de Inovação em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN).


Quanto à vacinação, a porcentagem garante certa tranquilidade à Saúde do Estado, mas Comitê de Especialistas da Sesap reforça que a população procure completar o esquema vacinal. São 95% da população vacinada com a primeira dose (D1) e 87% com a segunda dose (D2). Além de 55% de vacinados com a primeira dose de reforço (D3) e apenas 24% com a segunda dose de reforço (D4).


A subcoordenadora de Vigilância Sanitária da Sesap, Diana Rêgo, diz que a campanha de imunização contra a covid-19 foi a maior da história. “Foi a maior campanha de vacinação que o Brasil já teve e hoje fazemos uma avaliação do esforço e dedicação dos profissionais que atuaram nesse processo”, destaca.
Para 2023, os especialistas ouvidos pela Tribuna do Norte alertam para a possibilidade de um novo repique sazonal no início do ano, que deve trazer um aumento nas infecções, mas com uma repercussão de menor impacto nos óbitos. “Devemos ficar atentos. Há uma nova onda surgindo na China e teremos a possibilidade de lidar com novas variantes surgindo. Fatalmente vão surgir novas variantes e forma de nos protegermos, para além de todos os cuidados que as pessoas já sabem, é vacinar”, destaca a médica e pesquisadora da UFRN Marise Reis.


O diretor do LAIS, Ricardo Valentim, acrescenta que o Estado não deve ter grandes explosões de casos. “Muito provavelmente a gente vá ter o que a gente teve agora no final do ano. Vamos ter pequenas subidas e rápidas descidas. O pico desta vez ocorreu em 4 de dezembro, quando tivemos cerca de 1 mil casos, sendo que na época da variante ômicron a gente chegou a ter 12 mil casos. A gente também terá a introdução de vacinas de nova geração, que são vacinas bivalentes que protegem contra a primeira versão do vírus e também contra as variantes”, destaca Valentim.


Estado planeja ampliar vacinação 
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Imunizações, reuniu gestores e técnicos da área para traçar estratégias de avanço da vacinação no próximo ano. A ideia é reforçar a imunização contra a covid-19 nos públicos que ainda não tomaram as doses D3 e D4, além de conscientizar os pais para a imunização das crianças. “Fazemos apelo à população para que tome a vacina, pois viveremos momentos de aumento da circulação do vírus e precisamos proteger principalmente idosos, crianças e imunossuprimidos”, ressalta Diana Rêgo, subcoordenadora de Vigilância Sanitária.


O aprimoramento da plataforma RN Mais Vacina também é outro objetivo da pasta para o ano que vem. Lançado em janeiro de 2021, em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da UFRN, o sistema promoveu maior controle e transparência à campanha contra a covid-19. Em 2022 passou a incorporar outras campanhas e a partir de 2023 incluirá a vacinação de rotina e informações úteis aos usuários a respeito da necessidade de proteção contra as doenças. 


Desde o lançamento a plataforma contabiliza 10 milhões de doses registradas, sendo 8,3 milhões de doses contra a Covid-19 e mais de 1 milhão da campanha de influenza 2022. Foram emitidos mais de 15 milhões de cartões digitais de vacinação. No RN+Vacina estão cadastrados mais de 90% da população do Rio Grande do Norte. Fernando Lucas, do LAIS, lembrou o início da operação do sistema, que alcançou 3 milhões de acessos na semana do lançamento, em 18 de janeiro de 2021. “Em 2022 tivemos o desafio de incluir outras campanhas e agora estamos nos preparando para incluir a vacinação de rotina”, pontuou.


China preocupa OMS
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quarta-feira (21), que a entidade está “muito preocupada” a respeito de como a situação da covid-19 se desenvolve na China, “com crescentes relatos de doença grave”, conforme o país relaxa medidas para conter o vírus. Durante entrevista coletiva, Tedros Adhanom disse que a OMS continua a apoiar os esforços de Pequim para vacinar pessoas de mais risco pelo país e que continuará a oferecer seu apoio para cuidados clínicos e a proteção do sistema de saúde local.


“A fim de ter uma avaliação de risco abrangente da situação no local, a OMS precisa de informação mais detalhada sobre gravidade da doença, entradas em hospitais e pedidos por apoio de unidades de terapia intensiva”, comentou Adhanom. Na coletiva, a autoridade disse também ainda esperar que a China compartilhe dados e conduza estudos requisitados, “e os quais continuamos a requisitar”. Segundo ele, todas as hipóteses sobre as origens do vírus que provocou a pandemia continuam sobre a mesa.


Tedros Adhanom disse que “certamente, estamos em posição muito melhor na pandemia da covid-19 que um ano atrás”, quando começava a onda de casos da Ômicron, com alta forte em casos e mortes. Desde o pico do fim de janeiro, o número de mortes semanais reportadas pelo vírus recuou quase 90%, notou. Ele ainda disse esperar que essa emergência de saúde “seja declarada encerrada” em algum momento de 2023, não especificado.


Covid no RN
2020 – 146,3 mil casos e 3,1 mil mortes;

2021 – 246,6 mil casos e 4,6 mil mortes;

2022 – 343,6 mil casos e 823 mortes.


Fonte: Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap).



Anvisa autoriza cultivo de cannabis para pesquisa no Instituto do Cérebro da UFRN

A UFRN vem trabalhando no processo para aprovação da liberação há cerca de dois anos junto à Anvisa. Foto: Wallacy Medeiros

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) é a primeira instituição do país a conquistar a liberação para cultivo controlado e processamento da planta cannabis para fins de pesquisa científica. A autorização foi aprovada, por unanimidade de votos, nessa quarta-feira (14 ), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Instituto do Cérebro (ICe-UFRN) conduzirá os projetos de pesquisa para avaliação da eficácia e da segurança de combinações da substância.

A UFRN vem trabalhando no processo para aprovação da liberação há cerca de dois anos junto à Anvisa, órgão conhecido pelos rigorosos processos de controle sanitário e que tem por finalidade promover a proteção da saúde da população. Apesar dos avanços nas pesquisas conduzidas em todo o mundo, no Brasil ainda não havia instituições de ensino e pesquisa que pudessem realizar o cultivo de cannabis para geração de dados científicos. O reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, considera, nesse sentido, que a aprovação constitui um progresso relevante na história da produção de conhecimento científico do país sobre o tema. “Representa um passo importante para o avanço das pesquisas desenvolvidas na UFRN e um marco histórico para a ciência brasileira”, avalia o docente.


Do ponto de vista prático, a Anvisa autorizou que a UFRN possa importar, armazenar e germinar sementes da planta cannabis, bem como cultivá-la, por meio de sistema controlado, na modalidade indoor (ambiente fechado). A deliberação da Agência levou em consideração o estabelecimento de requisitos de segurança e controle adequados para a realização das atividades que envolvam o cultivo controlado pela UFRN. Para tanto, além de realizar a comprovação documental, a Universidade recebeu visita às instalações do Instituto do Cérebro (ICe-UFRN), para verificar as condições de infraestrutura e a capacidade técnico-científica.

O Instituto do Cérebro (ICe-UFRN) conduzirá projetos de pesquisa pré-clínica para avaliação da eficácia e segurança de combinações de fitocanabinóides, no manejo de sinais e sintomas associados a distúrbios neurológicos e psiquiátricos. “Já conheço o trabalho da UFRN, acompanho a vida acadêmica e sei da força da Universidade no Nordeste e em todo país. A expectativa era muito boa, mas hoje foi muito importante conhecer o trabalho feito aqui porque a Anvisa dialoga, constantemente, com as universidades e os institutos de pesquisa, visto que nosso trabalho é forjado na ciência”, disse o diretor da Anvisa, Alex Machado Campos, na ocasião da visita, em outubro deste ano.


Já como relator da matéria para avaliar a liberação na Anvisa, Alex Campos, destacou que “trataremos aqui de ciência, mais especificamente de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Não estamos falando de importação de conhecimento, mas sim de sua geração, de inovação, de pesquisa e desenvolvimento nacionais”.


Ciência
As plantas de cannabis produzem, como metabólitos secundários, um conjunto de compostos conhecidos como fitocanabinoides. Essas moléculas possuem afinidade farmacológica por muitos receptores biológicos, modulando a bioquímica e a excitabilidade de diversos tipos celulares, especialmente no sistema nervoso. 


O professor do ICe-UFRN, Claudio Queiroz, explicou que os estudos clínicos já demonstraram segurança e eficácia de um desses fitocanabinoides, o canabidiol (CBD), no controle de crises refratárias. Entretanto, os mecanismos neurofisiológicos responsáveis pelos efeitos terapêuticos do CBD são ainda desconhecidos. “Além disso, pouco se sabe sobre o efeito dos fitocanabinoides sobre outros tipos de epilepsias, bem como o potencial de outros fitocanabinoides, como o CBN e o CBG,  que não possuem propriedades psicoativas, sobre a excitabilidade neuronal e a frequência de crises”, esclareceu.


Diante desse cenário, o docente considera que para responder a essas perguntas é necessário o cultivo da planta, para ter acesso aos compostos nas concentrações e proporções controladas para as investigações. Ainda segundo Queiroz, a autorização da Anvisa trará grandes contribuições por possibilitar a ampliação de conhecimento sobre a produção, pela planta, de fitocanabinoides, bem como por permitir a realização de pesquisa básica e testes sobre os efeitos desses fitocanabinoides, quando administrados isoladamente ou combinados, em modelos animais de epilepsia, autismo, zumbido, estados afetivos e funções cognitivas, avaliando sua segurança e eficácia.


Agecom/UFRN



Casos de HIV/Aids aumentam quase 40% no RN; crescimento em gestantes ultrapassa 70%

Foto: divulgação

Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) apontam para um crescimento de aproximadamente 40% nos registros de casos de HIV/Aids da última década no Rio Grande do Norte.

Cerca de 11 mil pacientes realizam tratamento para a doença no Estado. Segundo os números da Sesap, nos últimos 10 anos, observa-se no RN um crescimento de 39,5% no registro de casos. Esse aumento é ainda mais substancial quando se trata das gestantes infectadas pelo HIV: 74%. Os óbitos também se tornaram mais ocorrentes em 19,4%.

Só na capital potiguar, segundo informações publicadas no último boletim epidemiológico da Prefeitura de Natal, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), até agosto de 2022, 1.482 novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), desses, 304 casos foram de HIV/Aids.
A taxa de mortalidade de Aids adulto no município de Natal, no mesmo período, aumentou 41,6%, quando comparado ao ano anterior.

O infectologista do Hapvida NotreDame Intermédica, Claudio Penido Campos Jr, explica que o diagnóstico precoce de infecção pelo vírus HIV é fundamental. “Quando iniciado logo, o tratamento é capaz, na maioria dos casos, de tornar o indivíduo indetectável, ou seja, ele não vai mais transmitir o vírus, tampouco desenvolver Aids, e o mais importante: vai levar uma vida normal”, afirma.

O relatório anual de 2022 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), divulgado em setembro deste ano, mostra que o número de casos de pessoas que vivem com HIV, no Brasil, dobrou nos últimos 20 anos, e 12% do total desconhecem que têm o vírus.

Em números absolutos, o relatório estima que 400 mil adultos e crianças viviam com HIV no Brasil em 2002. Vinte anos depois, são 960 mil. O documento inclui o Brasil entre os 38 países do mundo com estimativas de aumento de novas infecções por HIV e que impactam no progresso global de redução de casos.

O Dia Mundial de Combate à Aids foi comemorado em 1º de dezembro e tem por função alertar toda a sociedade sobre essa doença. A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e é celebrada anualmente desde 1988, no Brasil.



Rio Grande do Norte tem mais de 1 mil casos confirmados de Covid-19 pelo segundo dia consecutivo

Teste de covid-19 – Foto: José Aldenir / Agora RN

O Rio Grande do Norte registrou 1.091 casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24 horas, conforme informou a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) nesta quinta-feira 8. No entanto, a secretaria confirmou que no último dia o estado não teve nenhum óbito.

Com o novo boletim, o estado chega a 572.471 casos confirmados e 8.510 óbitos pela doença.

Vacina em idosos

A Sesap e as gestões municipais pactuaram nesta quarta-feira 7 a ampliação da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Norte. Serão distribuídas 59.100 doses da vacina Pfizer para aplicação da terceira dose de reforço para idosos acima de 60 anos. A vacinação deve começar a partir da próxima sexta-feira 9.

A decisão foi tomada pela secretaria e pelos municípios na terça-feira 6 a partir do atual cenário epidemiológico da Covid-19 no estado, a possível sazonalidade da doença e outros fatores.

Sesap) e as gestões municipais pactuaram nesta quarta-feira 7 a ampliação da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Norte. Serão distribuídas 59.100 doses da vacina Pfizer para aplicação da terceira dose de reforço para idosos acima de 60 anos.

A decisão foi tomada pela Sesap e pelos municípios na terça-feira 6 a partir do atual cenário epidemiológico da Covid-19 no estado, a possível sazonalidade da doença e outros fatores.

Agora RN



Aumento de casos de Covid é esperado, diz médico infectologista

Médico aponta que não existe aumento na gravidade dos casos – Foto: josé aldenir / agora rn

Os casos de Covid-19 continuam aumentando no Rio Grande do Norte desde meados de novembro. Nesta terça-feira 6, foram 788 casos confirmados. Em entrevista ao Bom Dia CBN na segunda-feira 5, o médico infectologista Luiz Alberto Marinho comentou a situação do vírus e das subvariantes que circulam no Rio Grande do Norte. Segundo ele, “é natural e esperado que haja um aumento do número de casos”.

“Nós estamos sob a ação da variante Ômicron, com suas subvariantes. Isso fez com que, e sempre que ocorrem essas pequenas mutações, não transformam o vírus em um outro, modificam-no estruturalmente. Então é natural e é esperado que haja um aumento do número de casos”, disse o médico.

Para ele, as subvariantes apresentam poder de contagiosidade bem maior do que a cepa inicial. “Por outro lado, tem um poder de patogenicidade e lesão muito menor do que a cepa inicial. Com este comportamento nós vamos ter períodos do ano em que praticamente não teremos casos ou muito pouco casos serão confirmados, e períodos em que haverá sempre um aumento”.

O infectologista reforça que o aumento de casos é um fenômeno esperado. “Eu acho que o que a gente está presenciando hoje é o esperado para o fim da pandemia, para se transformar oficialmente em um vírus de comportamento endêmico. Portanto, nós temos um aumento do número de casos. No entanto, isso não corresponde a um aumento da gravidade e consequentemente de pessoas que precisam de internamento e enfermaria ou menos ainda em UTI. Os dados continuam, mas em um percentual que não pode ser comparado por exemplo aos casos de 2020 e 2021. É um fenômeno esperado”, pontuou.

De acordo com Luiz Alberto Marinho, as vacinas contra a Covid-19 que estão disponíveis atualmente são preparadas a partir do vírus selvagem, o vírus original, por isso não evita a infecção ou o contágio, mas contribui decisivamente para casos não serem graves.

Uma nova vacina já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “É da Pfizer, chamada de 2ª geração, e ela contém, além do vírus original, duas subunidades da Ômicron, exatamente as que estão circulando pelo Brasil. Então pode ser que com essa vacina de 2ª geração a gente tenha diminuição não só da gravidade, mas também no número de casos”.

Agora RN



Covid-19: Nova variante é detectada em circulação no Rio Grande do Norte

Foto: Divulgação/Sesap-RN

O Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen/RN), referência estadual no diagnóstico de covid-19 e de Vigilância Genômica, detectou uma nova variante no Rio Grande do Norte, a BE.9.

A variante é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, uma Ômicron da linhagem BA.5. De acordo com dados da Fiocruz, as duas subvariantes (BQ.1 e BE.9) compartilham algumas das mesmas mutações e foram encontradas inicialmente no Amazonas. 

“Como se trata de uma variante que possui mutações na proteína S, utilizada pelo vírus para invasão celular, e que está associada ao aumento do número de casos no Amazonas é necessário observarmos o cenário epidemiológico nas próximas semanas”, disse o diretor administrativo do Lacen/RN, o biomédico Derley Galvão.

No Rio Grande do Norte, foram analisadas 36 amostras coletadas entre 03 e 18 de novembro de 2022 e identificadas sete linhagens, sendo duas amostras referentes à BE.9, oriundas dos municípios de São Bernardo do Campo/SP e Natal. 

A Secretaria de Estado de Saúde Pública reforça o apelo à população para manter o esquema vacinal completo, bem como o uso de máscaras em lugares fechados e a higienização das mãos.

Portal da Tropical



LACEN detecta nova variante da Covid- 19 no RN

Foto: divulgação

O Laboratório Central Dr. Almino Fernandes (Lacen/RN), referência estadual no diagnóstico de COVID-19 e de Vigilância Genômica detectou uma nova variante no Rio Grande do Norte, a BE.9.

A variante é uma evolução da sublinhagem BA.5.3.1, ou seja, uma Ômicron da linhagem BA.5. De acordo com dados da Fiocruz, as duas subvariantes (BQ.1 e BE.9) compartilham algumas das mesmas mutações e foram encontradas inicialmente no Amazonas.

“Como se trata de uma variante que possui mutações na proteína S, utilizada pelo vírus para invasão celular, e que está associada ao aumento do número de casos no Amazonas é necessário observarmos o cenário epidemiológico nas próximas semanas”, disse o diretor administrativo do Lacen/RN, o biomédico Derley Galvão.

No Rio Grande do Norte foram analisadas 36 amostras coletadas entre 03 e 18 de novembro de 2022 e identificadas 07 linhagens, sendo duas amostras referentes à BE.9, oriundas dos municípios de São Bernardo do Campo/SP e Natal.

“Observar a partir da vigilância genomica a circulação de uma nova variante, que inclusive, foi observada em outros estados com aumento no número de casos e potência na transmissão da doença, nos faz ampliar as ações de vigilância. A vacinação das doses de reforço se faz urgente”, afirma Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da SESAP.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública reforça o apelo à população para manter o esquema vacinal completo, bem como o uso de máscaras em lugares fechados e a higienização das mãos.



RN registra quase 1 mil casos de Covid em um dia e procura por vacinação aumenta em 300% no estado

Vacina contra a Covid — Foto: Prefeitura de Jundiaí/Divulgação
Foto: divulgação

O Rio Grande do Norte registrou 997 casos confirmados de Covid nas últimas 24 horas. O dado foi publicado no boletim epidemiológico da doença nesta sexta-feira (2) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Nos dias anteriores, os números também foram altos no estado. Na quinta, foram confirmados 816 casos e na quarta, 901.

Houve um aumento principalmente no comparativo com os meses anteirores. Para se ter ideia, no último boletim de outubro, no dia 31 daquele mês, apenas um caso foi registrado. No último dia de setembro foram 16.

O boletim indicou ainda que uma morte aconteceu pela doença nas últimas 24 horas, no município de Água Nova. O estado chegou a 8,5 mil mortes pela doença desde o início da pandemia, em março de 2020.

Neste ultimo mês de novembro, a Secretaria de Saúde informou também que houve um aumento de 300% na procura pelas vacinas contra a Covid. A busca foi registrada pela plataforma RN+ Vacina, que monitora a imunização em tempo real no estado.

Segundo a plataforma, de 2 a 30 de novembro foram registradas a aplicação de 84.880 doses de vacina contra a Covid, sendo 18.071 na primeira quinzena e 66.809 na segunda quinzena, o que representa um aumento de 369,7% na média.

Vacinação maior na Região Metropolitana

A coordenadora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Kelly Lima, explica que o aumento foi registrado principalmente na Região Metropolitana.

Ela diz, no entanto, que em todos os municípios foi observado aumento da procura pela terceira e quarta dose, que já está liberada para todas as pessoas acima de 18 anos.

“A Sesap comemora o número de doses aplicadas nos últimos dias contra a Covid no RN, o que pode ser consequência de algumas estratégias de vacinação fora das unidades de saúde, facilitando o acesso da população”, disse.

Taxa de imunizados

O RN está atualmente com 85% da população em geral vacinada com as duas doses (D1 e D2) ou dose única, o que se considera como esquema completo.

Em relação às faixas etárias, os maiores de 60 anos estão 100% com esquema completo, sendo que para este público estão disponíveis duas doses de reforço, além da terceira dose de reforço para os maiores de 80 anos.

A faixa etária de 18 a 59 anos tem 85% do público-alvo com a campanha de vacinação completa e devem ir aos postos para receber duas doses de reforço. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, 73% estão com o esquema completo, porém apenas 13% foram receber o reforço disponível.

g1 RN