A França começou a sair cautelosamente de um dos isolamentos de coronavírus mais rigorosos da Europa nesta segunda-feira (11), permitindo que lojas não essenciais, fábricas e outros negócios reabram pela primeira vez em oito semanas, apesar de o risco de uma segunda onda de infecções ser considerável.
Dona do quinto maior número oficial de mortos da doença do mundo, a França também está reabrindo as escolas em fases, e agora seus 67 milhões de habitantes podem sair de casa sem documentos do governo, embora estes ainda sejam necessários para circular em Paris nos horários de pico.
Teatros, restaurantes e bares continuarão fechados ao menos até junho, já que a corrida da Coreia do Sul para conter um foco de casos ligados a clubes noturnos ressaltou o perigo do surgimento de um novo surto.
Em Paris, lojas na Champs-Élysées abriram as portas ao público pela primeira vez desde 17 de março. Nas estações de metrô, funcionários distribuíam máscaras e gel antisséptico aos passageiros e adesivos nos assentos dos vagões assinalavam o distanciamento social. O distrito comercial de La Défense estava essencialmente deserto, já que a maioria dos empregados continua trabalhando em casa.
Somente 10%-15% deles são esperados em suas torres de vidro, um número que deve subir para 25% em junho e 70% até setembro, disse Marie-Celie Guillaume, chefe da agência de estratégia Paris La Défence, que administra os espaços públicos do distrito.