Alerta

Israel está triplicando ofensiva terrestre na região de Gaza, afirma ONU

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Um dia após Israel confirmar que realizou incursões terrestres pontuais na Faixa de Gaza, a ONU (Organização das Nações Unidas), alertou nesta terça-feira, 24, que os israelenses estão intensificando as ofensivas na região, com 320 ataques nas últimas 24 horas, o triplo dos dias anteriores.

De acordo com o relatório diário do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), os ataques de segunda-feira incluíram bombardeios contra um campo de refugiados em Jabalia (norte da faixa), que causaram 63 mortes, mas também em zonas do sul de Gaza para onde Israel teoricamente tentou uma evacuação de civis, como Rafah (pelo menos 43 vítimas) e Khan Yunis (11). Na segunda-feira, 24, Israel disseram que esses ataques ainda não se tratam da incursão que vem sendo prometida por Israel, foi apenas ataques a áreas onde estavam reunidos integrantes do grupo terrorista e outras organizações palestinas.

“Durante a noite, houve ataques de tanques e forças de infantaria. Esses ataques são ataques que matam esquadrões de terroristas que estão se preparando para a próxima fase da guerra. São ataques que vão mais longe, na linha de contato. Essas incursões também localizam e procuraram qualquer coisa que possamos obter em termos de informações sobre desaparecidos e reféns”, disse o porta-voz da IDF, Daniel Hagari. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 5.087 palestinos morreram desde o começo da guerra, incluindo pelo menos 2.055 crianças e 1.119 mulheres, enquanto 15.273 ficaram feridos. Do total, 77% das vítimas se concentram no norte da Faixa e na própria Cidade de Gaza, a capital do território. Na Cisjordânia, os confrontos com as forças israelenses e os colonos mataram mais 95 palestinos, sendo 28 crianças, enquanto o número de israelenses mortos no conflito se mantém em 1.400, a maioria vítimas dos atos terroristas de 7 de outubro pelo movimento islâmico Hamas e outros grupos armados.

A ONU destaca que, desde o fim da semana, Israel informou em 20% o transporte de água através da única via de abastecimento de água ainda aberta a Gaza, na zona sul de Khan Younis. Os centros médicos em Gaza que foram forçados a interromper as operações devido à falta de eletricidade e de abastecimento são 12 hospitais e 46 clínicas, enquanto cinco instalações hospitalares tiveram de começar a alojar pacientes e refugiados em tendas. Até ao momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizou 72 ataques a instalações de saúde, incluindo 19 hospitais e 24 ambulâncias, e outras agências mencionam 206 escolas e outras infraestruturas educativas deficientes.

Algumas delas abrigaram mais de 1,4 milhão de pessoas deslocadas internamente em Gaza, provocando a morte de pelo menos 12 delas, enquanto outras 180 ficaram feridas, segundo o relatório da ONU. A ONU recebeu até o momento apenas um terço dos fundos solicitados desde 12 de outubro à comunidade internacional para assistência a esta crise (US$ 100 milhões de um total de US$ 294 milhões).

*Com informações da EFE