
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte foi foi palco, das mais importantes e inovadoras discussões acerca do desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para a otimização dos trabalhos nas casas legislativas ao redor do mundo. No primeiro dia do “LegisTech: Modernização dos Parlamentos Subnacionais”, autoridades na área de tecnologia da informação do Canadá, Estados Unidos, África do Sul e com atuação na Europa discutiram como a Inteligência Artificial tem sido utilizada para melhorar o trabalho nos parlamentos ao redor do mundo. O foco foi economia, aceleração de processos, transparência e facilitação de pesquisas.
Na tarde da quinta-feira, após as apresentações da Assembleia Legislativa do Rio Grande Norte sobre as ferramentas que são mundialmente reconhecidas, como o ELegis, LegisVideo e LegisPlenário, representantes de casas legislativas e empresas que prestam serviços em países desenvolvidos expuseram os desafios que têm sido enfrentados. No Canadá, mais especificamente na província de Ontário, duas frentes têm recebidos os esforços dos profissionais de TI: transcrição de pronunciamentos e pesquisas legislativas.
De acordo com o Chief Information Officer (CIO) da Assembleia Legislativa de Ontário, Robert Eberhardt, o desafio tem sido grande, mas bons frutos já foram conseguidos, principalmente na transcrição de pronunciamentos. De acordo com ele, são necessários 30 funcionários, entre transcritores, editores e publicadores, para fazer a reprodução escrita do que é dito em discursos no Parlamento. De acordo com ele, uma hora de discurso demanda, em média, 15 horas de trabalho para a publicação do conteúdo.
“Há uma demanda para que essa documentação seja mais rápida e há uma pressão pelo prazo de entrega, mas às vezes se precisa de até 100 horas para produzir um documento assim”, explicou Robert Eberhardt, explicando ainda que, devido ao fato do país ser bilíngue, a ferramenta precisa identificar a mudança de idioma, o que é ainda mais desafiador. “Não é incomum que pessoas falem, durante o mesmo discurso, em francês e inglês, em determinados momentos.
Para reduzir esse prazo de transcrição, os profissionais de TI embarcaram num projeto de transcrição e estão trabalhando nisso, mas já há uma versão não editada completa, que seria adequada para se ler e entender, que demandaria não mais que 15 minutos para a transcrição.