Desde o dia 17 de agosto até esta quinta (31), 440 potiguares haviam entrado com alguma ação na Justiça contra a empresa 123milhas, segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), por causa da suspensão dos pacotes e passagens promocionais comprados pelos consumidores para utilização entre os meses de setembro e dezembro de 2023.
Em todo o país, segundo a própria empresa, já são 16.645 ações judiciais que somam R$ 232,2 milhões entre pedidos de ressarcimento e indenização feitos pelos consumidores. Nesta quarta (30), a 123milhas pediu recuperação judicial à 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, onde fica sua sede. Há processos movidos tanto por pessoas físicas, quanto jurídicas.
No último dia 23, o Procon do Rio Grande do Norte já havia notificado a 123milhas e questionado a empresa sobre quais foram as medidas adotadas para minimizar, compensar e ressarcir os consumidores.Foto: reprodução TJRN
O resgaste
Muitos consumidores reclamam que não há opção de resgaste do valor pago em dinheiro, mas apenas através do sistema de vouchers, que obriga o consumidor a obter outro produto, seja passagens ou pacote de viagens, pela 123milhas.
Segundo a empresa, a pessoa que recebeu passagem e localizador ou e-ticket, tem a viagem confirmada. Já os pedidos da linha PROMO (passagens e/ou pacotes com datas flexíveis), com embarques previstos para os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2023, não serão emitidos.
Nesse caso, os valores pagos pelos clientes serão devolvidos integralmente, porém, através de vouchers, que terão acrescidos ao valor pago originalmente a correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de quaisquer passagens, aluguel em hotéis e pacotes na própria 123milhas.
Os vouchers da linha PROMO poderão ser utilizados em até 36 meses a partir da solicitação e devem ser entregues ao consumidor em até 5 dias úteis pelo e-mail cadastrado do pagante.
Para solicitar o voucher, CLIQUE AQUI.
Agência Saiba Mais