O Governo do Estado, por meio da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (COPDEC/GAC) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), se reuniu, na manhã desta terça-feira (05), com os coordenadores municipais de Proteção e Defesa Civil para tratar das ações de mitigação e resposta ao desastre ambiental provocado pelo óleo nas praias. A reunião aconteceu na sala de reunião no Gabinete Civil, na sede do Centro Administrativo.
Na oportunidade, a Defesa Civil Estadual realizou uma apresentação para instruir os coordenadores dos municípios atingidos diretamente pelo óleo, no que diz respeito às ações de enfrentamento. Entre os principais assuntos expostos estiveram: lista de voluntários a serem capacitados ainda, Plano de Chamada para equipes de prontidão e simulados. A articulação sobre o tema tem como objetivo promover, coordenar e supervisionar as ações de prevenção e preparação para as emergências e desastre, capacitando os agentes locais de proteção civil para as atividades.
A reunião desta terça-feira contou com a participação dos coordenadores municipais de Touros, Rio do Fogo, Maxaranguape, Ceará-Mirim, Extremoz, Natal, Baía Formosa, Tibau do Sul, Tibau do Norte, Macau, Canguaretama, Parnamirim e Pedra Grande.
O Governo do Estado, através da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, o Idema e a SESAP realizou treinamento nos dias 24 e 25 de outubro, e cadastrou voluntários para ações de recolhimento de resíduos e o devido descarte temporário do petróleo cru. Nos treinamentos foram abordados temas relacionados às características químicas e gestão dos resíduos, os impactos na saúde humana e na fauna afetada, bem como sobre a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s).
Segundo o secretário do Gabinete Civil, Raimundo Alves, o encontro com as Coordenadorias Municipais é fundamental. “Essa situação só vai ser vencida com a união dos esforços de todos. A preocupação do Governo do Estado é que essa mobilização seja feita da melhor forma possível. Como estamos tratando de algo inusitado e que não sabemos quando será o fim, essa rede de contatos precisa está preparada para qualquer circunstância. Entretanto, que ao agir os danos e riscos sejam os menores possíveis”, disse.
O Ministério Público Federal (MPF) expediu no último dia 24 uma recomendação às prefeituras dos municípios costeiros do RN com orientações sobre o monitoramento, limpeza e descarte adequado de manchas de óleo encontrados em vários pontos do litoral potiguar com o objetivo de evitar o aumento dos danos ao ecossistema ambiental e preservar a saúde da população local e dos banhistas.
Para o coordenador de Touros, Ruzem Modesto, os municípios têm entendido e são conscientes das ações e atitudes realizadas pelo Estado. “Ficou nítido que tudo está sendo feito com muita responsabilidade e nós precisamos deste apoio para poder mitigar o problema da forma correta sem gerar dificuldades de ordem administrativas ou até jurídicas”, afirmou.
O coordenador estadual da Defesa Civil, Marcos de Carvalho, destacou a disponibilidade de materiais para apoiar as cidades afetadas. “Além das capacitações constantes que o Governo tem realizado, o cadastro de voluntários, campanha de arrecadação e monitoramento diário, nós estamos com os materiais de Equipamentos de Proteção Individual doados por empresas e os que chegaram através da Secretaria Nacional de Defesa, serão entregues aos municípios. O mais importante deste nosso encontro é ajustar as informações e nosso modus operandis. Todos precisam estar cientes das necessidades e de como devem agir em suas localidades, tanto em relação a coleta, como o armazenamento e a destinação final dos resíduos”, esclareceu.
Desde que os primeiros vestígios de óleo começaram a aparecer no litoral nordestino, em agosto, mais de 19 toneladas do resíduo já foram recolhidas das praias potiguares. A quantidade representa menos de 1% do que foi extraído em todo o Nordeste.
De acordo com o diretor do Idema, Leon Aguiar, essa é uma preocupação do Estado e das cidades afetadas. “Os estados estão buscando alternativa para solucionar a destinação do material recolhido. Aqui no RN estamos em negociações em andamento para que o óleo seja encaminhado para as fábricas de cimento Apodi, no Ceará, e Mizu, em Baraúna, no Oeste Potiguar. É possível também que uma empresa que fabrica material para pavimentação asfáltica receba ao menos uma parte do óleo”, falou.
O diretor completou dizendo que “o que está em discussão, no momento, é como acontecerá o transporte da substância. Então, reforçamos a necessidade de coletar acondicionar o material corretamente. E em contrapartida, ainda aguardamos uma diretriz do Governo Federal referente ao descarte”, destacou.
Diariamente, o Idema e a Defesa Civil atualizam os sites institucionais com informações sobre a presença dos resíduos nas praias, através de boletins do GGI, relatórios de monitoramento, vistoria, análise de correntes marítimas e diversas orientações à população. O material está disponível em: www.idema.rn.gov.br e www.gabinetecivil.rn.gov.br