Alerta

ONU alerta para risco de fome em Gaza. Comida está perto de acabar

À medida que os suprimentos de alimentos, água e medicamentos diminuem na Faixa de Gaza, que está sob o cerco de Israel, agências humanitárias alertam para um colapso no enclave, incluindo o risco de fome generalizada. O Programa Alimentar Mundial (PAM), da ONU, afirmou que seus alimentos no enclave estão terminando.

Em entrevista à CNN, Corinne Fleischer, diretora regional da organização humanitária, declarou que o PAM está ficando sem reservas em Gaza e não consegue entrar no enclave para levar mais alimentos. “Estamos conversando com todas as partes para podermos entrar. Infelizmente, ainda não recebemos essa aprovação. Precisamos conseguir cruzar a fronteira, precisamos ter corredores de abastecimento seguros para ir aos abrigos e distribuir o comida”, disse Fleischer.

De acordo com a emissora, Fleischer afirmou que o programa ainda tem suprimentos para alimentar 1,3 milhão de pessoas. Até agora, o PAM forneceu alimentos enlatados, pão e dinheiro a 520 mil pessoas na região.

Em Gaza, palestinos têm se aglomerado em hospitais e escolas nesta segunda-feira, 16, em busca de abrigo. Mais de um milhão de pessoas fugiram das suas casas antes de uma esperada invasão terrestre israelita destinada a destruir o Hamas, depois dos seus combatentes terem atacado o sul de Israel.

Centenas de milhares de palestinos abrigados em instalações da ONU consomem menos de um litro de água por dia. Os hospitais alertam que estão à beira do colapso, com geradores de emergência que alimentam máquinas como ventiladores e incubadoras, com combustível e suprimentos de medicamentos quase esgotados para cerca de um dia.

Conforme os suprimentos diminuem, todos os olhares se voltam para a passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, onde caminhões que transportavam ajuda aguardavam há dias enquanto os mediadores pressionavam por um cessar-fogo que lhes permitiria entrar em Gaza e permitir a saída de estrangeiros. Rafah, a única ligação de Gaza com o Egito, foi fechada há quase uma semana devido aos ataques aéreos israelitas.

SBT Nordeste