Tecnologia

Robô explorador indiano detecta presença de oxigênio e enxofre na superfície lunar

Foto: Reprodução

Na mais recente demonstração de excelência científica e tecnológica, a Índia alcançou um marco notável ao confirmar a presença de oxigênio e enxofre no polo sul da Lua por meio de seu robô explorador, o Chandrayaan-3. A agência espacial indiana, ISRO, anunciou as descobertas que reforçam a crescente proeminência do país na exploração espacial.

A bordo do robô, o instrumento de Espectroscopia de Decomposição Induzida por Laser (LIBS) desempenhou um papel crucial nas primeiras medições ‘in-situ’ da composição da superfície lunar. O LIBS tornou possível a confirmação inequívoca da presença de enxofre, um feito que não era viável usando os instrumentos dos orbitadores em órbita lunar.

Além do enxofre, foram identificados vários outros elementos na análise espectrográfica conduzida pela ISRO, incluindo alumínio, cálcio, ferro, cromo, titânio, manganês, silício e, notavelmente, oxigênio. Essas descobertas lançam luz sobre a complexidade e diversidade da composição lunar, oferecendo pistas cruciais sobre a história e formação do nosso satélite natural.

A missão Chandrayaan-3 não é apenas um triunfo científico, mas também simboliza a determinação da Índia em se destacar no cenário espacial mundial. Na semana passada, o pouso bem-sucedido do robô no polo sul lunar decretou um marco histórico, tornando a Índia a primeira nação a realizar um pouso próximo a esse polo e a quarta a realizar uma alunissagem.

O robô Pragyan, movido por energia solar e equipado com seis rodas, continuará sua jornada exploratória, capturando imagens e transmitindo dados científicos nas próximas duas semanas.

A Índia, apesar de alguns reveses passados, busca proativamente conquistar novas fronteiras espaciais a um custo eficiente. Com sucessos notáveis, como a inserção de uma nave em órbita de Marte em 2014, a ISRO já tem planos ambiciosos para o futuro. 

A agência planeja lançar uma missão tripulada de três dias à órbita da Terra no próximo ano, bem como uma missão conjunta com o Japão para explorar a Lua até 2025. Além disso, a ISRO tem em sua mira uma missão orbital a Vênus nos próximos dois anos, destacando a crescente influência da Índia na pesquisa espacial global.

Agência Brasil