Os últimos dias foram movimentados no cenário político de Currais Novos por motivos nada republicanos. Um dos candidatos ameaça de morte sofrida em um áudio.
Zé Lins (Progressistas) foi às redes sociais e falou sobre o tema. No áudio, um popular afirmou que ele “merece pior do que fizeram com Bolsonaro”, em alusão ao episódio da facada na última campanha, afirmando que o candidato merecia, na verdade, “um tiro na cara”.
O conteúdo gerou repercussão imediata. Nas redes sociais, o candidato do Progressistas se posicionou sobre o assunto.
“Nunca pensei, aos meus 70 anos de idade, fosse ouvir um áudio desta natureza. Estou aqui indignado, mas compreendo o momento que todos nós estamos passando na nossa cidade, em especial o desse jovem. Quero registrar, aqui, que fizemos o B.O., mas eu não tenho mágoa nenhum dele. Apenas peço, aqui, a toda população de Currais Novos que a gente tenha muito cuidado. Eleição é coisa séria. Eleição não é campo de batalha. É campo de batalha de idéias e nós vamos continuar com esse propósito, de debater Currais Novos, de fazer o melhor por Currais Novos e o melhor pelo nosso povo”, disse.
O blog procurou a Polícia Civil, que confirmou a abertura de um boletim de ocorrência sobre o fato. Contudo, de acordo com o delegado Paulo Ferreira, não houve representação oficial da vítima em relação à esfera criminal, algo necessário para que fosse investigado o crime de “ameaça”.
Em seu perfil no Instagram, o candidato Lucas Galvão (PT), postou nota de repúdio sobre “qualquer incitação de ódio e agressão” e disse não compactuar com a situação.
Posicionamento dos adversários
“A Coligação repudia qualquer incitação de ódio, agressão ou quaisquer atos que sejam contrários ao espírito democrático de uma campanha eleitoral. Reiteramos que o diálogo, o respeito das diferenças político-ideológicas, devam ser sempre parte da construção da democracia. Nossa cidade é de paz, e quaisquer atos que infrinjam a dignidade e a honra de qualquer pessoa, devem ser repudiados. Afirmamos, portanto, que não aceitaremos e nem compactuamos com discursos de ódio e de desrespeito a qualquer candidato”, afirmou.