Para Ibama, reparação por vazamento de óleo envolverá bilhões

Por lei as multas podem ser de até R$ 50 milhões cada uma

Integrantes do Grupo de Avaliação e Acompanhamento, criado pelo governo para dar resposta ao desastre ambiental com óleo no litoral do Nordeste, avaliou nesta segunda (4) que o caso exigirá de eventuais responsáveis identificados bilhões a título de reparação de danos.

O presidente do Ibama, Eduardo Bim, um dos órgãos que integram o colegiado, disse que os valores serão certamente altos, pois envolvem prejuízos não só ao ambiente, mas ao turismo e à saúde pública, entre outros segmentos. “Esse dano não está quantificado ainda. Vai ser um dano na casa dos bilhões, com certeza”, declarou Bim. 

Além da indenização, cabe a aplicação de multas ambientais aos responsáveis. Por lei, as multas podem ser de até R$ 50 milhões cada uma. 

O presidente do Ibama disse que o órgão ainda não tem estudos sobre a qualidade dos mariscos e dos peixes pescados na região para consumo. Segundo ele, essa informação depende de levantamentos do Ministério da Saúde e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O processo de responsabilização dependerá do avanço das investigações que estão sendo conduzidas pela Polícia Federal, em parceria com a Marinha e órgãos de proteção ao Meio Ambiente, e também de cooperações internacionais.

As autoridades suspeitam de que o navio Bouboulina, de bandeira grega, tenha sido o responsável pelo vazamento de óleo no mar. Na última sexta (1), a PF apreendeu documentos em empresas com endereços no Rio de Janeiro, ligadas à companhia que opera a embarcação, que nega as acusações. 

Autoridades marítimas de outros países foram notificadas a colaborar. Um dos objetivos, por exemplo, é saber se o navio descarregou em Cingapura a mesma quantidade de petróleo que carregou num porto na Venezuela. Também se buscam informações sobre quem são os donos da empresa que o opera, o comandante e o restante da tripulação.

O Bouboulina saiu daquele país em julho e passou por águas brasileiras a caminho de Nigéria, África do Sul e Cingapura.

O delegado da PF Franco Perazzoni disse nesta segunda que, por ora, o navio é suspeito do desastre e que conclusões a respeito dependem do andamento das apurações. “A empresa [dona do navio] vai ser notificada agora, vai tomar conhecimento do teor da investigação toda. A gente não chegou ao momento do indiciamento.”

As afirmações foram feitas numa entrevista à imprensa, após integrantes do grupo de acompanhamento  e os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e da Justiça, Sergio Moro, apresentarem dados sobre o caso ao presidente Jair Bolsonaro. Moro não foi ao encontro com jornalistas.

Os presentes à entrevista não explicaram em que informações o presidente Jair Bolsonaro se baseou ao declarar, na véspera, que “o pior está por vir” na região. Questionadas diversas vezes se o presidente tem dados ainda não tornados públicos sobre a tragédia, Azevedo e demais autoridades envolvidas no caso disseram apenas que os impactos são imprevisíveis.

Ele reiterou que as autoridades trabalham sem muita previsibilidade. “É difícil. [O óleo] Fica a meia água, imperceptível, nós não sabemos a quantidade derramada, o que está por vir ainda.”A Marinha informou que quatro mil toneladas de resíduos foram recolhidos no mar, em praias, estuários, mangues e outros locais. Por ora, foram atingidos 110 municípios de nove estados. 



Óleo nas praias: Foram recolhidas quatro mil toneladas do material

A notícia positiva, de acordo com o GAA, é que estão limpas as praias do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco

Desde o início do aparecimento de manchas de óleo nas praias nordestinas, mais de 4 mil toneladas de resíduos já foram retirados desses locais, informou neste sábado (2) o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O descarte desse material é feito pelas secretarias de Meio Ambiente dos estados.

Em nota, o GAA informou também que “foram detectados e removidos pequenos fragmentos de óleo em Ponta da Baleia, em Caravelas e na Ilha de Santa Bárbara, em Abrolhos-BA, por equipes e navios da Marinha, juntamente com o ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade]”.

De acordo com o grupo, de maneira a incrementar a prevenção da chegada do óleo a Abrolhos, os seguintes navios da Marinha permanecem atuando e monitorando a região: fragatas Independência e Constituição, Navio de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia, Navio Varredor Atalaia, Navio Oceanográfico Antares, Navio-Tanque Almirante Gastão Motta, Corveta Caboclo e Navios OSRV Viking Surf e Mar Limpo IV da Petrobras.

No dia 31 de outubro, de acordo com a nota, o GAA solicitou à Petrobras a transferência da área monitorada pelo satélite CosmoSkymed, da Bacia de Campos (Rio de Janeiro) para a região de Abrolhos, com objetivo de incrementar o monitoramento.

A notícia positiva, de acordo com o GAA, é que estão limpas as praias do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Pernambuco. As localidades que ainda permanecem com vestígios de óleo e com ações de limpeza em andamento são as seguintes: Maragogi, Japaratinga, Barra de São Miguel, Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu, em Alagoas; Artista, em Sergipe; Arembepe, Berlinque, Barra Grande, Cueira, Pratigi, Alcobaça, Mar Moreno e Piracanga, na Bahia.



Incêndio de grandes proporções atinge serra no município de Acari

Um incêndio de grandes proporções está consumindo a vegetação de uma das serras entre as cidades de Acari e Currais Novos. Ao longe é possível visualizar a fumaça , o trecho fica as margens da BR 426, há poucos quilômetros de Acari. De acordo com populares o foco começou ainda na madrugada desta quarta-feira (30) e aumentou consideravelmente durante a tarde.

O nosso blog passou bem na hora que uma equipe do Corpo de Bombeiros, já na noite estava no local. De acordo com o Cabo Thales, que passou no local junto com outros bombeiros vindos de outra ocorrência em São Vicente, o incêndio visualmente seria bem maior que o que atingiu a Serra de Portalegre, no Alto Oeste Potiguar. “Vamos voltar a Caicó, convocar uma reunião, já que o acesso aqui é muito difícil e montar um plano”, contou.



Segundo Petrobras, óleo que vazou foi extraído de três campos na Venezuela

O vazamento teria ocorrido no Oceano Atlântico

O diretor de Assuntos Corporativos da Petrobras, Eberaldo Neto, disse nesta sexta-feira (25) que a análise de 30 amostras do petróleo recolhido de praias do Nordeste permitiu concluir que ele foi extraído de três campos de produção na Venezuela. Em uma entrevista coletiva concedida à imprensa para analisar os resultados do balanço do terceiro trimestre de 2019, Neto esclareceu que a companhia agiu assim que foi acionada pela União, no início de setembro, e recolheu 340 toneladas de resíduos das praias.

O vazamento teria ocorrido no Oceano Atlântico, em uma região no caminho de uma corrente marinha que vem da África e se bifurca, seguindo para a costa setentrional do Nordeste, de um lado, e para a Bahia e o Sudeste, do outro, passando pelos locais onde o óleo tem sido recolhido.

“A gente sabe que foi em um ponto desse de bifurcação que foi a origem do vazamento. Provavelmente, um navio passando ali. As autoridades estão investigando”.

Neto destacou que o fato de o petróleo afundar e seguir para o litoral em uma camada abaixo da superfície do mar dificulta a visualização dele com sobrevoos e satélites e também a contenção dele com barreiras.



Óleo na praia: Voluntários que limparam vão parar no hospital

Grupo reclamava de fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias e do aparecimento de pequenas manchas na pele

Em uma semana, o Hospital Municipal Osmário Omena de Oliveira, de São José da Coroa Grande, em Pernambuco, atendeu a 17 pessoas com sinais de intoxicação após terem tido contato com o óleo de origem desconhecida que já atingiu aos nove estados do Nordeste.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Tarciana Mota, entre os que procuraram atendimento médico há servidores municipais e voluntários que participaram da limpeza da praia e do Rio Persinunga. O grupo reclamava de fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias e do aparecimento de pequenas manchas na pele.

Ainda de acordo com a secretária, nenhuma das 17 pessoas atendidas precisou ser internada, mas a prefeitura pretende acompanhar a evolução do quadro de saúde de todas elas até ficar claro que tipo de componentes químicos há no óleo e quais reações eles podem causar.



Manchas de óleo: Fátima Bezerra cobra providências do Governo Federal para combater manchas no litoral

Durante todo este final de semana, representantes dos órgãos do Governo do RN estiveram reunidos buscar medidas junto com as prefeituras

O Governo do RN está cobrando ao Governo Federal ações e apoio para a limpeza das praias no Estado atingidas pela mancha de óleo que, após 40 dias, ainda não tem causa identificada. Junto com o senador Jean Paul Prates, Fátima Bezerra solicitou ao senador Fabiano Contarato, presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, que ele venha aos estados do Nordeste verificar a gravidade do problema.

“É inadmissível que após 40 dias do surgimento das manchas o governo federal não tenha tomado medidas efetivas para resolver o problema. As manchas ameaçam e já prejudicam a flora e fauna marítima. Possivelmente possa até afetar a saúde da população. Além disso, a economia dos estados do Nordeste fica prejudicada por que afeta a vida marinha e estamos iniciando a alta temporada do turismo”, afirmou Fátima Bezerra em reunião esta manhã, 21, na sede do Idema em Natal com o diretor presidente do instituto, Leon Aguiar, com o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, João Maria e com a Defesa Civil do Estado.

Durante todo este final de semana, representantes dos órgãos do Governo do RN ligados ao meio ambiente estiveram reunidos para adotar medidas no âmbito estadual em articulação com as prefeituras. Foi elaborado o Plano de Resposta e Mitigação de Desastre e o Gabinete de Gestão Integrada – GGI, sob a coordenação da Defesa Civil Estadual. O Governo do RN também mantém contatos com as universidades, a Marinha e governo federal em busca de apoio para as medidas a serem tomadas.



Prédio de sete andares cai em Fortaleza deixando feridos e uma pessoa morta

O edifício que caiu fica na esquina das Ruas Tibúrcio Cavalcante e Tomás Acioli, no Dionísio Torres, bairro nobre da capital cearense

Um prédio residencial de sete andares desabou na manhã desta terça-feira, 15, em Fortaleza. O edifício que caiu fica na esquina das Ruas Tibúrcio Cavalcante e Tomás Acioli, no Dionísio Torres, bairro nobre da capital cearense.

Às 11h43, os bombeiros confirmavam a primeira morte e dois feridos resgatados com vida. O porta-voz do Corpo de Bombeiros do Ceará, tenente Romário, disse que duas viaturas do Corpo de Bombeiros estão no local, além de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).



“Navio Fantasma” é apontado como suposta causa de óleo em praias do Nordeste

Os chamados navios fantasmas do século 21 não são embarcações mal-assombradas, mas aquelas que procuram navegar sem registro oficial

Apontada como uma hipótese para o derramamento de óleo nas praias do Nordeste, a circulação de navios fantasmas petroleiros pelo Atlântico pode ser motivada pelas sanções econômicas dos Estados Unidos à Venezuela, segundo especialistas. Análises sobre a mancha de poluição, que atinge 156 localidades de 71 municípios, já indicaram que a substância achada nas praias tem “assinatura” venezuelana, mas a origem do poluente ainda é desconhecida.

Os chamados navios fantasmas do século 21 não são embarcações mal-assombradas, mas aquelas que procuram navegar sem registro oficial. Para isso, trocam de nome e até desligam o transponder. O aparelho, obrigatório em todas as embarcações, registra a localização em tempo real de cada navio.



Em Patu, governadora visita posto de comando da Operação Santuário do Lima

A atuação de voluntários tem se somado ao Corpo de Bombeiros Militares e à Defesa Civil no combate aos inúmeros focos de incêndios na operação denominada Santuário do Lima, na cidade de Patu. Desde segunda, foram combatidos 317 focos de chamas. Logo que subiu à serra do Lima, no final da tarde desta sexta-feira (20), a governadora Fátima Bezerra se reuniu com o comandante geral do Corpo de Bombeiros Militares (CBMRN) e comandante da operação, coronel Monteiro Júnior, para se inteirar acerca do trabalho que vem sendo realizado ininterruptamente durante a semana para combater o fogo na mata.

“Eu venho aqui agradecer ao povo de Patu e de toda a região pelas lições de solidariedade que vocês nos deram ao longo dessa semana. É assim, de mãos dadas, que vamos construindo dias melhores para Patu e para todo o Rio Grande do Norte. Aos nossos bombeiros militares e aos voluntários, reconhecemos de coração o gesto de bravura e coragem para debelar os focos de incêndio”, disse Fátima. Ela falou após a palavra de agradecimento, seguida de oração, ministrada pelo padre Telmo Feitosa, no Santuário do Lima, dedicado à Nossa Senhora dos Impossíveis.

O Governo do Estado e o CBMRN conseguiram controlar grande parte do fogo, mas segue monitorando e combatendo outros focos de incêndio na serra. Mais de 200 pessoas estão envolvidas na força-tarefa, entre militares e voluntários. Além do combate propriamente dito, os voluntários têm trabalhado para arrecadar donativos.

O coronel Monteiro ressaltou a atuação do voluntariado e afirmou que, em seus 25 anos de carreira, essa foi a primeira vez em que testemunhou uma população tão consciente de seu patrimônio ambiental. “Nós nos sentimos honrados em estar trabalhando com a presença de vocês voluntários. Essa integração é importante e a união tem sido salutar para que consigamos manter o controle e em pouco tempo esperamos cessá-lo”, afirmou.



Jovem de 20 anos morre em acidente de trânsito na Rota do Sol na capital potiguar

Segundo PRF, José Ivanilson estava em uma motocicleta e transitava pela rodovia em alta velocidade

Um jovem de 20 anos, identificado como José Ivanilson de Freitas Silva, morreu na madrugada deste domingo (8), por volta das 2h40, em um acidente de trânsito na Rota do Sol, em frente ao estádio Frasqueirão, em Natal.

Segundo o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), as informações iniciais são de que José Ivanilson estava em uma motocicleta e transitava pela rodovia em alta velocidade, na contra-mão, quando foi atingido por um Prisma. Uma mulher que dirigia o carro não se feriu.