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Filarmônica UFRN reúne Itália e Polônia na abertura do 3º Festival Szymanowski no Brasil

Foto: Reprodução

A Filarmônica UFRN abre a Temporada 2024 com o concerto “As Quatro Estações, uma canção e um Vocalise”, que também marca a abertura do 3º Festival Szymanowski no Brasil. O concerto acontece em Natal, no dia 02 de março, às 18h, na Igreja Nossa Senhora da Apresentação – com entrada livre e lotação conforme a capacidade do local.

O programa reúne obras dos compositores italianos Giovanni Gabrieli (1557-1612), Antonio Vivaldi (1678-1741) e o polonês Wojciech Kilar (1932-2023). A apresentação conta com a presença de dois solistas, a soprano Alzeny Nelo e o violinista polonês Mariusz Monczak, que também é o diretor artístico do 3o Festival Szymanowski no Brasil.

Neste ano, a 3a edição do Festival tem concertos programados para a Pinacoteca Potiguar, Auditório Onofre Lopes da Escola de Música da UFRN, Igreja Nossa Senhora da Apresentação e na Igreja do Galo, além de concertos em Tibau do Sul e no “Habitat Marte”, em Caiçara do Rio do Vento. O evento também contará com palestra da musicóloga Ewa Monczak e diversas masterclasses e atividades educacionais. A programação completa pode ser conferida nas redes sociais da Escola de Música da UFRN.

O maestro da Filarmônica UFRN, André Muniz, escolheu, para abrir a temporada, a Canzon Pian’ e Forte, peça escrita em 1618 por Gabrieli apenas para o naipe dos metais. O compositor escreveu a obra para dois “corais”: um coral formado por 3 trompetes e 1 trombone e o segundo formado por 1 trombone, 2 trompas e 1 tuba. A peça é conhecida por contrastar sons em dinâmica “piano” – ou seja, suaves – com aqueles em dinâmica “forte”, como diz o próprio título, tendo sido uma das primeiras obras na história da música a usar essa notação nas partituras impressas.

Em seguida, a obra principal da noite é “As Quatro Estações”, de Vivaldi, concertos para violino e orquestra de Vivaldi que retratam musicalmente paisagens e sensações de cada uma das estações do ano. Compostas entre 1718 e 1720, foi utilizada em As Quatro Estações, um procedimento incomum na época: o compositor inseriu poemas na própria partitura que descrevem cada um dos momentos, criando pinturas musicais de riachos, de pássaros, de um pastor e seu cão, de moscas zumbindo, tempestades, dançarinos bêbados, paisagens congeladas e fogueiras de inverno, entre muitas outras descrições textuais e musicais.