Seridó

Ouro: Governo do Estado e empresa Australiana assinam protocolo de intenções para exploração do minério em Currais Novos

O empreendimento terá a capacidade de processar até 4,2 milhões de toneladas/ano

O Governo do Estado e a empresa Cascar Brasil Mineração assinaram um protocolo de intenções para a implantação e desenvolvimento do Projeto Borborema no município seridoense.

A governadora Fátima Bezerra, o presidente da companhia, Andrew Richards e o prefeito Odon Júnior, além de outros representantes de diversas instituições, assinaram o documento que visa encaminhar uma série de ações necessárias para o início dos trabalhos, previsto para o segundo trimestre de 2020, como a questão fundiária, realocação de rodovia, concessão e licenciamento ambiental.

Um dos principais pontos do documento é a inclusão da empresa no Programa de Estímulo à Indústria (Proedi), pelo qual será beneficiada inicialmente com desconto de 85% no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que poderá aumentar até para 95%, caso a companhia obedeça a alguns critérios relativos à geração de empregos e sustentabilidade.

O empresário Andrew Richards agradeceu todo o apoio recebido do governo e das outras instituições envolvidas no protocolo, alegando que somente assim a Cascar poderá dar prosseguimento a esse grandioso e importante projeto.

O projeto Borborema ocupará uma área de 490 hectares, somando o setor de extração mineral e o beneficiamento para obtenção de ouro, e deverá gerar 200 empregos diretos, inicialmente, podendo chegar a 300, e cerca de 1.500 indiretos.  

O empreendimento terá a capacidade de processar até 4,2 milhões de toneladas/ano e está na área de concessões de lavra vinculada aos processos da ANM (Agência Nacional de Mineração). Para a construção da plataforma de operação, a previsão é de que serão investidos inicialmente R$ 200 milhões.

A assinatura do protocolo envolve, por parte do Governo, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), para emissão de licenças de exploração, e a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), que irá reaproveitar a água das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s) em Currais Novos, que irá por uma adutora até a mina, onde será usada para filtrar o rejeito da exploração do ouro e transformar em rejeito seco.