Pessoas que apresentam resistência ao tratamento convencional para depressão ou profissionais que atendem pacientes com esse perfil, podem se candidatar como voluntários para uma pesquisa clínica com o uso da cetamina como tratamento alternativo, que está sendo realizada pelo Departamento de Fisiologia e Comportamento (DFS) do Centro de Biociências (CB) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pelo Instituto do Cérebro (ICe) e pelo Departamento de Psiquiatria do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol/UFRN).
O grupo está recrutando voluntários para a pesquisa que, agora, entra numa 2ª fase, na qual foi acrescentado um protocolo de psicoterapia com profissionais que estão sendo treinados através de uma colaboração com a Universidade de São Francisco, na Califórnia, Estados Unidos.
O tratamento é semanal, realizado no Huol e tem duração de 8 semanas, sendo necessário a presença de um acompanhante. Para se candidatar a uma vaga, basta preencher este formulário.
Maior risco de suicídio
A resistência ao tratamento da depressão está associada a um maior risco de suicídio. A depressão é considerada refratária ou resistente ao tratamento quando são utilizados dois ou mais antidepressivos, em dose plena, sem melhoras.
“É importante buscar ajuda profissional quando sintomas (sejam de mudança em humor, padrão de sono ou comportamento; dentre outros) geram prejuízo em vida social ou em desempenho em atividades ocupacionais, ou mesmo pela própria percepção de significativo sofrimento“, alerta Jorge Nóbrega, psiquiatra da Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC-UFRN/Ebserh).
A cetamina, substância utilizada na pesquisa, é um anestésico que já é utilizado há mais de 40 anos. Sua aplicação em pacientes com quadros graves de depressão e alto risco de suicídio conta com inúmeras pesquisas científicas que evidenciam a eficácia e segurança do tratamento. O principal benefício está relacionado à rapidez da resposta, que pode ser percebida pelo paciente com a diminuição de pensamentos relacionados ao suicídio em até uma sessão.
Serviços disponíveis nos Hospitais da UFRN/Ebserh
A MEJC-UFRN/Ebserh faz atendimentos psiquiátrico e psicológico dos pacientes da enfermaria e ambulatório, e dos funcionários. O acesso se dá por pedidos de pareceres para os pacientes que estão internados, e por encaminhamentos feitos pelo ambulatório. Já em relação aos funcionários, o acesso se dá por meio de agendamentos feitos pela Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhador (USOST).
O HUAB-UFRN/EBSERH realiza atendimentos psicológicos em enfermarias e em ambulatórios. Para os pacientes que estão internados, o acesso se dá via solicitação das equipes ou mesmo por busca ativa das profissionais de psicologia, priorizando aqueles casos que podem apresentar maiores fatores de risco, como: os casos mais complexos, histórico pessoal de transtorno mental, situações de perdas gestacionais, óbitos neonatais, internações mais prolongadas, dentre outros.
No ambulatório são realizados atendimentos às gestantes que fazem pré-natal de alto risco, mulheres que vivenciaram alguma perda no ciclo gravídico-puerperal e vítimas de violência sexual.
Para os funcionários, a psicóloga organizacional realiza plantões psicológicos mediante demanda ou agendamento pelo próprio colaborador.
Já no Huol-UFRN-Ebserh são atendidos os pacientes encaminhados pela central de regulação do Estado. A Unidade de Saúde Mental oferece tratamento de alta complexidade que envolve equipes multiprofissionais integradas por médicos psiquiatras, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais, dispondo inclusive do Centro de Tratamento de Alterações de Humor Resistentes a Terapêutica (Cetrahte), que acolhe pacientes sob elevado risco de suicídio, que apresentem resistência aos tratamentos convencionais. Para os profissionais são disponibilizados atendimento psicológico, onde o encaminhamento é através da Unidade de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalhador (USOST).
Agência Saiba Mais