O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, será investigado pela Polícia Federal (PF). A corporação instaurou, nesta quinta-feira (10/11), inquérito contra Vasques após pedido do Ministério Público Federal (MPF). O processo será conduzido pela Superintendência da PF em Brasília.
A previsão é que Silvinei seja chamado para depor nos próximos dias, na superintendência da PF no Distrito Federal. No dia 30, quando ocorreu a votação de segundo turno, a PRF realizou diversas operações de abordagens em rodovias, com foco principalmente em estados do Nordeste. As ações geraram engarrafamentos e atrasos, e a corporação foi acusada de tentar impedir o acesso dos eleitores às sessões de votação.
No mesmo dia, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou a suspensão das operações contra ônibus do transporte público e outros veículos que transportassem eleitores. Silvinei chegou a ter a prisão pedida por parlamentares.
Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PRF afirma que, quando ocorreu a votação em segundo turno, foram empregados 4.341 agentes, o que representa 37% do efetivo total. A corporação admite ter reduzido o número de agentes após a votação de segundo turno.
De acordo com os dados, na Operação Eleições havia 4.163 agentes atuando. Na Operação Rescaldo, realizada no dia seguinte da votação, o número caiu para 2.725. O documento alega que a redução ocorreu em razão da diminuição de agentes em serviços voluntários.
A corporação afirma, também, que cortes no orçamento previsto para este ano prejudicaram o emprego do efetivo e a atuação durante o primeiro e o segundo turno das eleições. A corporação diz que cortes prejudicaram os pagamentos de diárias e que o orçamento previsto caiu de R$ 70 milhões para R$ 43 milhões, além de os valores das diárias terem aumentado sem que o orçamento fosse ampliado.
Informações de Metrópoles e R7