Os rendimentos de 10% da população mais rica do Rio Grande do Norte são 46 vezes maiores que os salários de 10% da parcela mais pobre da sociedade do estado. Essa concentração de renda é a mais alta registrada nos últimos sete anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que em 2012 os 10% mais ricos ganhavam 32 vezes mais que os 10% mais pobres. Em 2017, essa razão foi de 36 vezes.
O IBGE aponta que os 10% mais pobres da população potiguar tiveram uma diminuição de 7,7% no rendimento médio mensal entre 2017 e 2018, passando de R$ 168 para R$ 155. Enquanto isso, o rendimento dos 10% mais ricos aumentou 18,2%, variando de R$ 6.060 para R$ 7.161.
Ainda de acordo com o IBGE, em 2018 o rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 944 no Rio Grande do Norte. Houve crescimento de 8,9% em comparação a 2017, quando era de R$ 867. Porém ainda está abaixo do máximo obtido em 2016 (R$ 963), e do nível de 2015 (R$ 961). O rendimento médio nacional per capita foi de R$1.337, o que representou crescimento de 4% em relação a 2017, R$1.285.
No Brasil, o Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, que varia de zero (igualdade) até um (desigualdade máxima), foi estimado em 0,545 em 2018. No RN, esse indicador foi estimado em 0,535. O Índice de Gini do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos, por sua vez, foi estimado em 0,509 no Brasil. No RN, foi de 0,529.
Isso significa, segundo o IBGE, que a desigualdade de renda entre os trabalhadores do Rio Grande do Norte é maior que a nacional, havendo um crescimento Índice de Gini do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos dos potiguares, que passou de 0,487, em 2017, para 0,529 em 2018.