O presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao lockdown adotado no estado do Maranhão por decisão da Justiça, como forma de conter o avanço do coronavírus. Em uma publicação no Twitter, neste domingo (10), ele compartilhou um vídeo e comparou a situação econômica dos maranhenses com a dos venezuelanos.
As imagens mostram um policial militar dentro de um ônibus abordando pessoas e exigindo que elas mostram em comprovação de que estão indo trabalhar. Caso não a tenham, são proibidas de seguir viagem. A autoria e as circunstâncias em que o vídeo foi gravado, no entanto, são desconhecidas.
O governador do estado, Flávio Dino, reagiu. Também no Twitter, afirmou:
“Bolsonaro inicia o domingo me agredindo e tentando sabotar medidas sanitárias determinadas pelo Judiciário e executadas pelo Governo. E finge estar preocupado com o desemprego. Deveria então fazer algo de útil e não ficar passeando de jet ski para ‘comemorar’ 10.000 mortos.”
O Maranhão foi o primeiro estado brasileiro a endurecer a circulação de pessoas como forma de evitar o aumento abrupto dos casos de covid-19 e, consequentemente, uma alta da demanda por atendimento médico que não poderia ser absorvida pelo sistema de saúde.
A capital, São Luís, e outros três municípios da região metropolitana tiveram determinação judicial para implantar medidas rigorosas à circulação de pessoas, que passaram a vigorar em 5 de maio. O estado já não tem mais leitos de UTI disponíveis desde o fim de abril.
Até ontem, o Maranhão registrava 6.765 casos confirmados de covid-19, com 355 óbitos. A taxa de mortalidade é de 50 pessoas por milhão de habitantes e está entre as mais elevadas do país.
Restrições semelhantes foram adotadas na Itália, na Espanha e na França para evitar que as pessoas saíssem de casa sem necessidade.
R7