Estrangular a logística criminal e enfraquecer as fontes de receita do crime organizado, em especial relacionadas ao tráfico de drogas, é o objetivo da Operação Tamoio II, que começa neste domingo (21) em todo o país.
A segunda fase da operação intensificará o emprego do policiamento orientado por inteligência, proporcionando enfrentamento qualificado à criminalidade. A estratégia rendeu resultados positivos na primeira fase das ações, considerada a maior operação já realizada na instituição.
A Operação Tamoio II compõe o conjunto de ações desencadeadas na Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, instituída por meio do Decreto n° 28 de maio de 1999. Em 2020, a intensificação das ações de enfrentamento ao tráfico de drogas para a construção de um país mais seguro entra em pauta. A Operação Tamoio II será executada até o dia 26 de junho, quando se celebra o “Dia Internacional de Combate às Drogas”.
TAMOIO I – A primeira fase da Operação Tamoio, realizada no final de maio, foi considerada a maior operação de combate ao crime já feita pela PRF. O resultado foi a apreensão de 15,3 toneladas de maconha e 353 quilos de cocaína, que juntas representam um prejuízo ao narcotráfico de R$ 26,8 milhões. Outra grande fonte de receita criminosa, o contrabando de cigarros, sofreu um prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões, resultantes da apreensão de mais de 715 mil maços.
Ainda, 112 veículos roubados foram recuperados, o que representa cerca de outros R$26 milhões em prejuízo ao crime e 744 pessoas foram presas. Em apenas 4 dias, o impacto no crime organizado ultrapassou a casa dos R$ 52 milhões.
MONETIZAÇÃO DE RESULTADOS – A Operação Tamoio II inaugura um novo formato de acompanhamento dos resultados da Polícia Rodoviária Federal. Além da transparência quanto ao volume de drogas apreendidas, será divulgado o impacto econômico nas organizações criminosas, calculado a partir dos valores das apreensões.
A monetização dos resultados permite visualizar a frustração de receita na logística criminal e melhor direcionar o emprego de recursos institucionais no combate ao crime. Os valores estimados levam em consideração o custo unitário dos produtos a partir de critérios internacionais do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e de levantamentos realizados pelas forças policiais.