Das três bilhões de doses da vacina em desenvolvimento pela Universidade de Oxford, na Inglaterra em parceria com farmacêutica AstraZeneca, da Suécia, 265 milhões estão previstas para serem produzidas, até o final de 2021, no Brasil.
A informação foi dada durante audiência pública, nesta quarta-feira (30), da Comissão Externa da Câmara que acompanha as ações de combate ao novo coronavírus.
O governo brasileiro fez uma parceria com os desenvolvedores e a Fundação Oswaldo Cruz passou a realizar estudos clínicos e a produção da vacina com a aquisição dos insumos e tecnologia por meio do acordo entre as partes. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, informou durante a audiência que 57 mil voluntários estão participando dos testes em todo o mundo, desse total, 10 mil são brasileiros.
A previsão é começar a produção em dezembro, e em janeiro de 2021, complementar o pedido de registro à Anvisa. Em outubro, começa o início de processo de submissão da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os resultados preliminares dos testes clínicos devem estar prontos em novembro.
Diante da expectativa da população por uma vacina contra a covid-19, como salientaram muitos parlamentares, Nísia Trindade ressaltou que todos os processos estão sendo acelerados, dentro dos parâmetros de segurança e eficácia. O custo da vacina de Oxford deve ser de cerca de US$ 3. Apesar destes esforços, ela reconheceu que um desafio é dar acesso igualitário à imunização.
“Nós temos clareza que o mundo precisará de mais de uma vacina e que a nossa torcida tem que ser para que mais de uma vacina se demonstre eficaz e segura, porque só assim será possível atender a essa demanda global numa situação tão crítica em que o mundo está em termos sanitários, econômicos, sociais e humanitários.”