Ensaio clínico no Brasil aponta eficácia e segurança da vacina de chikungunya em adolescentes

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Um estudo concluiu que a vacina viva atenuada contra a chikungunya, VLA1553, é segura e induziu títulos soroprotetores em adolescentes em áreas endêmicas. O ensaio clínico, realizado em dez centros do Brasil, foi conduzido pelo Instituto Butantan, que licenciou a vacina fabricada pelo laboratório europeu Valneva para produção e distribuição na América Latina. O trabalho teve a participação do pesquisador da Fiocruz Bahia, Edson Duarte, e os resultados foram publicados na Lancet Infectious Diseases.

Esse foi o primeiro estudo da vacina VLA1553 a incluir adolescentes e indivíduos soropositivos para chikungunya numa área endêmica. O imunizante foi recentemente licenciado nos EUA para indivíduos com 18 anos ou mais e a pesquisa estende essa faixa de adultos a adolescentes. Para o ensaio, os especialistas acompanharam 754 adolescentes saudáveis, entre fevereiro de 2022 e março de 2023, após 28 dias da vacinação por via intramuscular em dose única. Destes, 502 receberam a vacina e 252 placebo. Quase todos os participantes que receberam o imunizante tiveram resposta imunológica alta e sustentada contra o vírus.

Resultados

Em participantes que não tinham sido expostos ao vírus da chikungunya antes de receber o imunizante, a VLA1553 induziu proteção em 98,8%. Já nos adolescentes que tiveram infecção por chikungunya anteriormente, a taxa de soroproteção inicial de 96,2% aumentou para 100% após a vacinação.

A ocorrência de eventos adversos foi menor em participantes que já tiveram chikungunya em comparação com os que eram soronegativos no início do estudo. Mais de 90% dos eventos foram de intensidade leve ou moderada, como dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre. Quatro eventos adversos graves foram relatados, três no grupo que recebeu a vacina e um no grupo placebo, sendo um deles possivelmente relacionado à vacina, que foi febre alta.

Entre 20 eventos adversos de interesse especial, que são de sintomas sugerindo doença semelhante à chikungunya, 15 foram relatados no grupo que recebeu a vacina e um no grupo placebo, com sintomas graves relatados em quatro participantes, como febre, dor de cabeça ou dores nas articulações.



SUS oferece novo medicamento para pacientes com anemia por deficiência de ferro

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Os pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS) que sofrem de anemia por falta de ferro e têm sintomas adversos ao tomar o medicamento sulfato ferroso, agora têm uma nova opção de tratamento. O fármaco ferripolimaltose, que acaba de ser incluído na Rede SUS, traz mais uma opção aos pacientes com Anemia por Deficiência de Ferro.

Essa deficiência é um problema de saúde grave, causado pela falta de ferro, nutriente essencial no organismo para produzir as células do sangue e garantir que o oxigênio chegue a todas as partes do corpo. Quando os níveis de ferro estão baixos, a pessoa pode sentir cansaço extremo, fraqueza, falta de ar e até dificuldades de concentração.

Esse tipo de anemia afeta a saúde de crianças e mulheres em fase pré-menopausa e atinge principalmente pessoas de baixa renda, que muitas vezes não conseguem garantir uma alimentação adequada em ferro.

A doença é uma das condições nutricionais mais comuns no mundo, atingindo 30% da população. Em 2023, o Ministério da Saúde gastou R$ 326,4 milhões em internações decorrentes de anemia em hospitais públicos no país.

Com a chegada da ferripolimaltose, quem tem intolerância ao sulfato ferroso – medicamento disponível no SUS para tratar a anemia por deficiência de ferro – poderá fazer o tratamento sem os efeitos indesejados, como dores de estômago e náuseas. Isso vai garantir que mais pessoas possam ter o tratamento adequado.

Essa novidade no SUS é um passo importante para melhorar a qualidade de vida de milhares de brasileiros que convivem com a anemia.

Os principais sinais e sintomas da anemia são:

  • cansaço generalizado;
  • falta de apetite;
  • palidez de pele e mucosas (parte interna do olho e gengivas, por exemplo);
  • menor disposição para o trabalho;
  • dificuldade de aprendizagem nas crianças.

O Ministério da Saúde reforça que nesses casos, o médico deverá ser procurado, para diagnóstico e conduta para o tratamento.

Por Alexandre Penido/ Ministério da Saúde



Ministério da Saúde reforça vigilância para identificar nova variante da Mpox

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O Ministério da Saúde publicou nota técnica para orientar o diagnóstico da nova variante da Mpox nos laboratórios de referência do país – a cepa 1b. A vigilância para a doença está sendo considerada prioridade pela pasta, que tem tomado diversas medidas para coordenar as ações de resposta à doença.

Até o momento, o Brasil não registrou casos da cepa 1b de Mpox, que motivou a declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora o Brasil apresente estabilidade e controle da Mpox, o Ministério da Saúde, de forma preventiva, instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde, no dia 15 de agosto, para coordenar ações de resposta à doença. Os casos atuais pertencem à cepa 2, que vem sendo monitorada desde 2022, quando o pico da doença registrou mais de 10 mil casos.

O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Venâncio, reforça a importância de verificar os vínculos para que os diagnósticos sejam mais precisos. “É essencial que todos os profissionais de saúde, sejam da atenção primária, especializada ou da vigilância epidemiológica, saibam desse fluxo para que os laboratórios sejam informados se a amostra preenche os critérios estabelecidos para a caracterização da cepa”, observa.



Saúde do RN realiza 1º Fórum Estadual das Arboviroses

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Há várias décadas que a população brasileira convive com a dengue. Mais recentemente, se deu a aparição da zika e da chikungunya. E ainda mais recente, a febre do oropouche vem chamando a atenção pelo aumento de casos e primeiras mortes na história. Em comum, todas são qualificadas tecnicamente como arboviroses. 

Para debater as ações, casos de enfrentamento bem sucedidos e novas informações, a partir da perspectiva do Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) realiza, até esta quinta-feira (5), o 1º Fórum Estadual das Arboviroses. 

Durante a abertura, realizada na manhã de hoje (4) no auditório do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, participantes de todo o RN e de estados nordestinos como Bahia, Pernambuco, Paraíba e Maranhão tiveram as primeiras discussões, com foco na febre do oropouche. 

Por parte do Ministério da Saúde, Daniel Garkauskas Ramos, coordenador-geral de vigilância de arboviroses, apresentou um panorama geral e José Lancart, diretor geral de informação e ações estratégicas em vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde de Pernambuco, apresentou o caso do seu estado, que já chegou a registrar óbito fetal relacionado à febre do oropouche.

A abertura do Fórum contou ainda com a participação especial da secretária de vigilância em saúde e ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Presente em Natal para a reunião do grupo técnico em saúde do G-20, a autoridade federal destacou a importância da reunião coordenada pela Sesap. “Quero agradecer a todos aqui presentes. Foi um ano bastante intenso para as vigilâncias no Brasil e todos fizeram um trabalho essencial para diminuição dos óbitos diante do aumento exponencial de casos da dengue, por exemplo”, pontuou Ethel.



MPOX: Anvisa renova autorização excepcional de uso de duas vacinas

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Foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (27/8) a prorrogação da dispensa de registro para que o Ministério da Saúde (MS) importe e utilize no Brasil as vacinas Jynneos/Imvanex, para imunização contra a Mpox.  

A autorização se aplica à vacina Jynneos e à vacina Imvanex, fabricadas pela empresa Bavarian Nordic A/S, localizada em Hejreskovvej 10A, 3490 Kvistgaard, Dinamarca, e, pela empresa IDT Biologika GmbH, localizada em Am Pharmapark 06861 Dessau-Roßlau, Alemanha, adquiridas pelo Ministério da Saúde para prevenção ou tratamento da Mpox. 

A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa. 

No Brasil, até o momento, não há submissão de protocolo de ensaio clínico em vacinas ou medicamentos para ser conduzido no Brasil, e não existe protocolo submetido ou mesmo vacina já registrada pela Anvisa com a indicação de imunização contra a Mpox. 



Vacina contra Mpox desenvolvida pelo Brasil será testada em humanos

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A vacina brasileira contra a Mpox, antiga varíola dos macacos, entra na última etapa de desenvolvimento. O imunizante feito pela Universidade Federal de Minas Gerais, produzida há dois anos, teve os processos acelerados após o alerta da Organização Mundial de Saúde para emergência global pelo vírus.

Dependendo dos resultados e da aprovação da Anvisa, a expectativa é que a vacina chegue até a população no segundo semestre do ano que vem. Karine Lourenço, pesquisadora da UFMG, aponta que é cedo dizer qual seria o público-alvo do imunizante.

“Mesmo sem saber qual seria o público, é importante dizer que a vacina é extremamente segura. Significa que, muito provavelmente, ela vai poder ser usada em indivíduos com um sistema imune comprometido, como pacientes com câncer, HIV, AIDS”, pontua.

Atualmente, há duas vacinas contra a Mpox, uma feita na Dinamarca e outra, nos Estados Unidos. No Brasil, a doença já teve 791 casos confirmados. Desde 2023, quando a Anvisa aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil recebeu 47 mil doses e aplicou 29 mil. Quem recebeu a vacina foram pessoas com HIV, profissionais de laboratório e quem teve contato com casos suspeitos do vírus.



Anvisa dispensa registro para medicamentos e vacinas importados contra a Mpox

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A Diretoria Colegiada da Anvisa aprovou , nesta quinta-feira (22/8) , uma resolução que dispõe sobre dispensa de registro e autorização excepcional de importação de medicamentos e vacinas adquiridos pelo Ministério da Saúde (MS) para prevenção ou tratamento da Mpox ( inicialmente chamada de varíola dos macacos). A medida , aprovada por unanimidade pelos diretores , tem caráter provisório e excepcional.

A norma permite que o MS solicite à Anvisa a dispensa do registro de medicamentos e vacinas que já tenham sido aprovados para prevenção ou tratamento da Mpox por outras a utor idades reguladoras internacionais listadas na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) recém – aprovada .

Serão consideradas as aprovações emitidas pelas seguintes autoridades:

– Organização Mundial da Saúde (OMS);

– Agência Europeia de Medicamentos (EMA);

– Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA/EUA);

– Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA /UK);

– Agência de Produtos Farmacêuticos e Equipamentos Médicos/Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar do Japão (PMDA/MHLW/JP); e

– Agência Reguladora do Canadá (Health Canada).

As condições de uso e distribuição do medicamento ou vacina a ser importado devem ser as mesmas aprovadas e publicizadas pelas autoridades reguladoras listadas acima .

O medicamento ou vacina deve ter todos os locais de fabricação, incluindo linhas e forma farmacêutica, aprovados por autoridades reguladoras membros do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S).

O pedido de dispensa de registro será avaliado prioritariamente pelas áreas técnicas da Anvisa e a decisão deverá ocorrer em até sete dias úteis.

A norma prevê um rito simplificado e prioritário para a importação dos medicamentos e vacinas, semelhante ao modelo já adotado para as importações via Covax Facility .



Organização Mundial de Saúde alerta para crescente em casos de covid-19 e reforça vacinação

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que casos de covid-19 vem crescendo nas últimas semanas em todo o mundo, especificamente na Europa, América e Pacífico Ocidental.

Segundo resultados da pesquisa de vigilância da OMS, “a positividade dos testes é superior a 10%, mas este valor varia consoante a região. Na Europa, a percentagem de positividade é superior a 20%”. Além disso, 84 países indicaram porcentagem positiva para o SARS-CoV-2, vírus semelhante ao da covid-19.

A OMS ainda reforça as suas campanhas de vacinação, assegurando que os grupos de maior risco sejam vacinados uma vez em cada 12 meses.



Mulher com maior risco de câncer fará mamografia a partir dos 30, prevê projeto

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Instituir o rastreamento mamográfico anual a partir dos 30 anos de idade para mulheres com registro de câncer de mama em parentes consanguíneos até o segundo grau é o objetivo de um projeto de lei de autoria do senador Laércio Oliveira (PP-SE).

PL 3.021/2024 propõe mudanças na Lei 11.664, de 2008, que define ações para prevenção, detecção, tratamento e acompanhamento dos cânceres do colo uterino, de mama e colorretal no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 

O autor ressalta a gravidade do câncer de mama, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) projetam 73.610 novos casos anuais para o período de 2023 a 2025, representando 30,1% dos novos diagnósticos de câncer em mulheres no país.

Na justificativa da proposta, Laércio destaca que, globalmente, o câncer de mama é a neoplasia mais comum entre as mulheres, excluindo o câncer de pele não melanoma, com 2,1 milhões de casos registrados no mundo em 2018. A taxa de mortalidade é significativa, com 627 mil óbitos anuais, o que corresponde a 6,6% de todas as mortes por câncer. Ele ressalta que mulheres com histórico familiar de câncer de mama enfrentam riscos maiores de desenvolver a doença em idade jovem. Aproximadamente 10% dos casos de câncer de mama são hereditários, e mulheres com parentes de primeiro grau afetados têm o risco dobrado.

O objetivo do projeto, segundo Laércio, é possibilitar a detecção precoce da doença em grupos de alto risco, aumentando as chances de tratamento bem-sucedido e reduzindo a mortalidade.

“A detecção precoce pode reduzir significativamente a mortalidade por câncer de mama e também contribuir para melhores desfechos clínicos e maior qualidade de vida para as pacientes tratadas”, afirma o senador.

Agência Senado



Consórcio Intermunicipal de Saúde do Seridó Recebe Diretoria da Liga Contra o Câncer

Na tarde de 27 de junho de 2024, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Seridó teve a honra de receber a Diretoria da Liga Contra o Câncer. Durante o encontro, a equipe da Liga apresentou aos secretários de saúde dos municípios todos os serviços assistenciais e educacionais que serão disponibilizados pela unidade de Currais Novos.

Os municípios consorciados tiveram acesso a informações essenciais para o fortalecimento da saúde pública por meio da prestação de serviços de saúde da Liga. “Estamos comprometidos em unir forças para proporcionar um atendimento cada vez melhor aos nossos cidadãos através dos municípios consorciados. Agradecemos à Liga Contra o Câncer pela parceria e pela dedicação em cuidar da saúde de todos em nossa região”, disse o Presidente Gilson Dantas.

Recurso

O senador Styvenson Valentim (Podemos/RN) destinou 100% da sua cota de emenda de bancada de 2022 para a instalação do Centro de Diagnóstico e Estudos da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer. Assim, toda a região do Seridó será beneficiada, já que as instalações estão localizadas em Currais Novos (RN). Styvenson anunciou, ainda, que vai destinar toda a sua cota de emenda de bancada de 2023 para a mesma finalidade.