A governadora Fátima Bezerra anunciou nesta terça-feira (3) a abertura do novo serviço de ortopedia de baixa e média complexidade para a Região Metropolitana de Natal, com foco na descentralização do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. O serviço ortopédico será ofertado pelo Hospital Regional Alfredo Mesquita, em Macaíba, a partir de janeiro do próximo ano.
Segundo a governadora, o custeio mensal do serviço, estimado em R$ 900 mil, será feito por meio do Ministério da Saúde, que fará o incremento de financiamento nos serviços de Média e Alta Complexidade (MAC). O recurso foi assegurado após apresentação do projeto à ministra Nísia Trindade, em Brasília, na semana passada.
A ferramenta, disponível no site da pasta , reúne indicadores atualizados relacionados ao diagnóstico, início do tratamento e acompanhamento de pessoas vivendo com HIV e aids no país.
O painel utiliza dados coletados por sistemas de informações do Sistema Único de Saúde (SUS) para apresentar análises que ajudam a identificar tendências no cuidado contínuo, permitindo o fortalecimento de estratégias de prevenção e de assistência. Informações como o percentual de pessoas com carga viral suprimida e a adesão ao tratamento são apresentados de forma acessível, beneficiando gestores, profissionais de saúde e pesquisadores. A iniciativa é da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) .
Segundo o diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) , Draurio Barreira, a cascata do cuidado contínuo em HIV – que inclui informações sobre etapas desde que vão do diagnóstico até a supressão viral – é fundamental para o acompanhamento do cuidado prestado às pessoas vivendo com HIV, contribuindo para estratégias de busca ativa, cuidado contínuo, além de ajudar a evitar o abandono do tratamento antirretroviral. “O novo painel permitirá um monitoramento mais efetivo dessas etapas, contribuindo para a melhoria contínua dos serviços de saúde oferecidos”, frisou.
Draurio reforça que essa iniciativa é um passo importante para fortalecer a resposta ao HIV e à aids no Brasil. “A iniciativa reforça o compromisso do governo com as metas estabelecidas no Programa Brasil Saudável na resposta ao HIV e à aids, alinhadas ao plano global de eliminar doenças socialmente determinadas como problemas de saúde pública até 2030. Além disso, o painel facilita o maior engajamento da sociedade civil, que pode acompanhar os avanços e cobrar melhorias nos serviços oferecidos”, completou.
O Hospital de Oncologia do Seridó (LIGA), referência em cuidados oncológicos na região, deu mais um importante passo em direção à resolutividade nos tratamentos de saúde. A partir de hoje, 29 de novembro, passou a realizar biópsias de próstata com sedação, oferecendo maior conforto e segurança aos pacientes.
O procedimento é conduzido por uma equipe altamente qualificada, composta por especialistas nas áreas de anestesia e radiologia, garantindo precisão no diagnóstico e cuidado humanizado. Com a novidade, toda a parte de diagnóstico para câncer de próstata passa a ser feita na própria unidade, fortalecendo a estrutura de atendimento e eliminando a necessidade de deslocamentos para outras cidades ou estados.
“É mais um avanço e mais poder de resolutividade que conquistamos em 2024”, destacou Ladyson Medeiros, coordenador operacional do hospital. A iniciativa reforça o compromisso do Hospital de Oncologia do Seridó com a excelência no cuidado oncológico e o bem-estar dos pacientes da região.
O grupo de oncologia ortopédica da Liga contra o Câncer de Natal, formado Dr. Michel Araújo, Dr. Saint Clair Filho, Dr. Mário e Dr. Luiz Guilherme, juntamente com Dr. Marcelo Sousa, do Hospital de Câncer do Pernambuco, realizaram uma cirurgia inovadora no Brasil e a primeira no Estado, na manhã deste sábado (23).
Trata-se do procedimento de Osteointegração, um implante desenvolvido no Brasil com projeto de Dr. Marcelo Souza, e apoio técnico da IMPOL. A cirurgia consiste em colocar um dispositivo dentro do osso, com o objetivo de estabelecer uma conexão biológica sólida entre o osso e o material feito de titânio, proporcionando uma ancoragem estável e duradoura ajudando pacientes amputados a recuperar sua mobilidade.
Estatisticamente, 40% de toda a população mundial amputada não consegue se adaptar a essa prótese convencional, pois as partes moles não se adaptam perfeitamente ao atrito e a aplicação de carga apresentando inúmeras complicações no local da prótese. A osteointegração com implante ortopédico intramedular chega para reduzir essas complicações e melhor adaptação e aceitação do paciente a prótese, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
O mês de novembro traz a campanha voltada para a saúde do homem, especificamente a prevenção do câncer de próstata. Apoiando a causa, no próximo dia 20 de novembro, o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), vinculado à Rede Ebserh, promoverá um mutirão de cirurgias de próstata, beneficiando 20 pacientes.
O mutirão de cirurgias irá contar com a mobilização de uma equipe multidisciplinar da instituição. O chefe da Unidade de Transplantes e Urologia do Huol, José Hipólito Dantas Junior, explica que o mutirão de cirurgias é voltado para pacientes que têm hipertrofia da próstata, ou seja, a próstata crescida. “Nós pretendemos realizar, em apenas um dia, 20 cirurgias. Iremos operar 20 pacientes e, para isso, nós iremos mobilizar uma quantidade significativa de médicos, profissionais de enfermagem e áreas correlatas da saúde”, disse o médico.
Por meio da ação, será possível diminuir a fila de espera do SUS de pacientes que necessitam realizar a cirurgia. “São pacientes que estão aguardando pelo procedimento já há um certo tempo e, com isso, vamos ajudar com esse esforço para o SUS na redução de filas de cirurgias eletivas”, enfatiza o profissional.
Anualmente, o Huol realiza ações voltadas à saúde do homem. José Hipólito destaca que a campanha Novembro Azul é um momento especial para a divulgação de boas práticas relacionadas à saúde masculina, que têm uma expectativa de vida em torno de sete anos menor que as mulheres. “E a causa disso é justamente porque elas se previnem mais”, afirmou.
Segundo José Hipólito, o diagnóstico, feito com o exame de sangue (PSA), às vezes acompanhado do toque retal e confirmado com a biópsia da próstata, é importante porque não existe prevenção no caso de câncer de próstata, mas é possível diagnosticar precocemente. O Huol oferece a linha de cuidado completa nessa área, com um serviço de excelência em Urologia e Oncologia, além do programa de Residência Médica. “Temos desde as fases iniciais a cirurgias avançadas em laparoscopia e tratamento de câncer em formas mais avançadas”, explica.
Com o objetivo de disseminar conhecimentos e práticas inovadoras no combate ao câncer, a Liga Contra o Câncer realiza a Jornada de Oncologia do Seridó nos dias 24 e 25 de outubro em Currais Novos. Com o tema “Regionalização em Saúde: Integrando Gestão, Prevenção e Detecção Precoce do Câncer”, o evento vai acontecer no Centro de Diagnóstico e Ensino do Seridó (CDES) e vai reunir mais de 30 especialistas da equipe médica e multiprofissional da Liga, profissionais, especialistas, estudantes e representantes das secretarias de saúde dos municípios.
No dia 24, a programação vai contar com seis minicursos direcionados para profissionais da saúde. Pela manhã, das 8h às 13h os temas serão: “Aspectos Psicossociais no Diagnóstico de Pacientes Jovens”, “Atuação do Dentista: Do Diagnóstico a Reabilitação”, “Avaliação da Dor Total no Manejo de Pacientes Oncológicos”. Já no período da tarde, das 13h às 18h, os minicursos serão sobre “Jornada do Paciente em Tomografia Computadorizada e Ressônancia Magnética: da Recepção ao Exame”, “Assistência de Enfermagem ao Paciente Estomizado” e “Cuidados Paliativos na Atenção Primária”. No mesmo dia, os secretários de saúde do Seridó participam do curso “Excelência Operacional para Atenção Primária”, que foca em um modelo de gestão enxuta.
No dia 25 de outubro, a programação é direcionada para integrantes das secretarias de saúde da região Seridó. Serão realizadas palestras sobre magnitude do câncer no Brasil, Rio Grande do Norte e no Seridó, neste painel com a colaboração do setor de vigilância à saude da SESAP; impacto das ações e ensino e pesquisa da Liga na região; o efeito da atenção primária em saúde na prevenção do câncer de colo de útero, mama e colorretal; sobre rede de atenção oncológica e atenção primária em saúde; e a importância de valorizar a opinião do paciente.
“A programação destaca a importância de ouvir a voz do paciente, enfatizando a humanização no atendimento, além de reforçar o papel crucial da conscientização e do diagnóstico precoce na jornada de combate ao câncer. Também será promovida uma imersão nos processos e fluxos de trabalho em oncologia, com foco na integração com a rede de atenção primária à saúde”, explica Grayce Castro, gerente de ensino do Instituto de Ensino, Pesquisa e Inovação da Liga (IEPI).
As vagas para os minicursos são limitadas e as inscrições podem ser feitas até o dia 22 de outubro no site do IEPI.
Serviço Jornada de Oncologia do Seridó Dias 24 e 25 de outubro Local: Centro de Diagnóstico e Ensino do Seridó, em Currais Novos Mais informações e inscrições para minicursos: https://ensino.ligacontraocancer.com.br/jornada-de-oncologia-do-serido-2024
Um estudo concluiu que a vacina viva atenuada contra a chikungunya, VLA1553, é segura e induziu títulos soroprotetores em adolescentes em áreas endêmicas. O ensaio clínico, realizado em dez centros do Brasil, foi conduzido pelo Instituto Butantan, que licenciou a vacina fabricada pelo laboratório europeu Valneva para produção e distribuição na América Latina. O trabalho teve a participação do pesquisador da Fiocruz Bahia, Edson Duarte, e os resultados foram publicados na Lancet Infectious Diseases.
Esse foi o primeiro estudo da vacina VLA1553 a incluir adolescentes e indivíduos soropositivos para chikungunya numa área endêmica. O imunizante foi recentemente licenciado nos EUA para indivíduos com 18 anos ou mais e a pesquisa estende essa faixa de adultos a adolescentes. Para o ensaio, os especialistas acompanharam 754 adolescentes saudáveis, entre fevereiro de 2022 e março de 2023, após 28 dias da vacinação por via intramuscular em dose única. Destes, 502 receberam a vacina e 252 placebo. Quase todos os participantes que receberam o imunizante tiveram resposta imunológica alta e sustentada contra o vírus.
Resultados
Em participantes que não tinham sido expostos ao vírus da chikungunya antes de receber o imunizante, a VLA1553 induziu proteção em 98,8%. Já nos adolescentes que tiveram infecção por chikungunya anteriormente, a taxa de soroproteção inicial de 96,2% aumentou para 100% após a vacinação.
A ocorrência de eventos adversos foi menor em participantes que já tiveram chikungunya em comparação com os que eram soronegativos no início do estudo. Mais de 90% dos eventos foram de intensidade leve ou moderada, como dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre. Quatro eventos adversos graves foram relatados, três no grupo que recebeu a vacina e um no grupo placebo, sendo um deles possivelmente relacionado à vacina, que foi febre alta.
Entre 20 eventos adversos de interesse especial, que são de sintomas sugerindo doença semelhante à chikungunya, 15 foram relatados no grupo que recebeu a vacina e um no grupo placebo, com sintomas graves relatados em quatro participantes, como febre, dor de cabeça ou dores nas articulações.
Os pacientes atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS) que sofrem de anemia por falta de ferro e têm sintomas adversos ao tomar o medicamento sulfato ferroso, agora têm uma nova opção de tratamento. O fármaco ferripolimaltose, que acaba de ser incluído na Rede SUS, traz mais uma opção aos pacientes com Anemia por Deficiência de Ferro.
Essa deficiência é um problema de saúde grave, causado pela falta de ferro, nutriente essencial no organismo para produzir as células do sangue e garantir que o oxigênio chegue a todas as partes do corpo. Quando os níveis de ferro estão baixos, a pessoa pode sentir cansaço extremo, fraqueza, falta de ar e até dificuldades de concentração.
Esse tipo de anemia afeta a saúde de crianças e mulheres em fase pré-menopausa e atinge principalmente pessoas de baixa renda, que muitas vezes não conseguem garantir uma alimentação adequada em ferro.
A doença é uma das condições nutricionais mais comuns no mundo, atingindo 30% da população. Em 2023, o Ministério da Saúde gastou R$ 326,4 milhões em internações decorrentes de anemia em hospitais públicos no país.
Com a chegada da ferripolimaltose, quem tem intolerância ao sulfato ferroso – medicamento disponível no SUS para tratar a anemia por deficiência de ferro – poderá fazer o tratamento sem os efeitos indesejados, como dores de estômago e náuseas. Isso vai garantir que mais pessoas possam ter o tratamento adequado.
Essa novidade no SUS é um passo importante para melhorar a qualidade de vida de milhares de brasileiros que convivem com a anemia.
Os principais sinais e sintomas da anemia são:
cansaço generalizado;
falta de apetite;
palidez de pele e mucosas (parte interna do olho e gengivas, por exemplo);
menor disposição para o trabalho;
dificuldade de aprendizagem nas crianças.
O Ministério da Saúde reforça que nesses casos, o médico deverá ser procurado, para diagnóstico e conduta para o tratamento.
O Ministério da Saúde publicou nota técnica para orientar o diagnóstico da nova variante da Mpox nos laboratórios de referência do país – a cepa 1b. A vigilância para a doença está sendo considerada prioridade pela pasta, que tem tomado diversas medidas para coordenar as ações de resposta à doença.
Até o momento, o Brasil não registrou casos da cepa 1b de Mpox, que motivou a declaração de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora o Brasil apresente estabilidade e controle da Mpox, o Ministério da Saúde, de forma preventiva, instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde, no dia 15 de agosto, para coordenar ações de resposta à doença. Os casos atuais pertencem à cepa 2, que vem sendo monitorada desde 2022, quando o pico da doença registrou mais de 10 mil casos.
O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Venâncio, reforça a importância de verificar os vínculos para que os diagnósticos sejam mais precisos. “É essencial que todos os profissionais de saúde, sejam da atenção primária, especializada ou da vigilância epidemiológica, saibam desse fluxo para que os laboratórios sejam informados se a amostra preenche os critérios estabelecidos para a caracterização da cepa”, observa.
Há várias décadas que a população brasileira convive com a dengue. Mais recentemente, se deu a aparição da zika e da chikungunya. E ainda mais recente, a febre do oropouche vem chamando a atenção pelo aumento de casos e primeiras mortes na história. Em comum, todas são qualificadas tecnicamente como arboviroses.
Para debater as ações, casos de enfrentamento bem sucedidos e novas informações, a partir da perspectiva do Rio Grande do Norte, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) realiza, até esta quinta-feira (5), o 1º Fórum Estadual das Arboviroses.
Durante a abertura, realizada na manhã de hoje (4) no auditório do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente, participantes de todo o RN e de estados nordestinos como Bahia, Pernambuco, Paraíba e Maranhão tiveram as primeiras discussões, com foco na febre do oropouche.
Por parte do Ministério da Saúde, Daniel Garkauskas Ramos, coordenador-geral de vigilância de arboviroses, apresentou um panorama geral e José Lancart, diretor geral de informação e ações estratégicas em vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde de Pernambuco, apresentou o caso do seu estado, que já chegou a registrar óbito fetal relacionado à febre do oropouche.
A abertura do Fórum contou ainda com a participação especial da secretária de vigilância em saúde e ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel. Presente em Natal para a reunião do grupo técnico em saúde do G-20, a autoridade federal destacou a importância da reunião coordenada pela Sesap. “Quero agradecer a todos aqui presentes. Foi um ano bastante intenso para as vigilâncias no Brasil e todos fizeram um trabalho essencial para diminuição dos óbitos diante do aumento exponencial de casos da dengue, por exemplo”, pontuou Ethel.