A Missão do Banco Mundial ao Governo do RN continuou nesta quarta-feira (28) com reuniões por videoconferência nas áreas de educação, estradas, inclusão produtiva, acesso à água e licitações.
Pela manhã, a equipe da unidade executora da Secretaria Estadual de Educação (UES SEEC) apresentou um balanço dos principais resultados alcançados em ações como alfabetização no campo, andamento das obras nas escolas que ainda estão em reforma, funcionamento das seis que foram construídas na zona rural e avaliação de impactos do Projeto de Inovação Tecnológica (PIP).
Na Escola Estadual Prof. Almiro de França, no assentamento 1º de Maio em Caraúbas, está avançada a discussão para as 500 vagas existentes na unidade serem ocupadas também por projetos de educação rural, voltados para qualificação de agricultores familiares da comunidade. O gestor da UES SEEC, José Pereira Neto, explicou que a pandemia e as eleições atrapalharam um pouco o processo de discussão, mas a ideia é começar a colocar o projeto em prática em 2021, em parceria com as prefeituras municipais.
Pereira acrescentou que cada uma dessas escolas – a de Caraúbas, Escola Xavier de Gois (Ceará-Mirim), Escola Indígena Francisco Silva (João Câmara), Escola Prof. Ivani Machado (São Gonçalo do Amarante), Escola Ivonete Felipe de Souza (Macaíba) e Escola Prof. Marta Maria Castanho (Ceará-Mirim) – possui um plano de ação detalhado, que está em processo de atualização para ser executado no ano letivo de 2021.
Na ocasião, também foi discutido o andamento da licitação dos equipamentos das escolas – entre eles mobiliário e aparelhos de ar-condicionado -, de modo que serão realizadas simultaneamente à entrega das obras. No que diz respeito ao balanço das ações, a Coordenadoria de Desenvolvimento Escolar da SEEC apresentou os resultados da criação do Documento Curricular Estadual, que capacitou 1.211 participantes das redes estadual e municipal.
O projeto de alfabetização no campo continua de vento em popa e, das 98 turmas criadas, apenas nove ainda precisam terminar o curso – cujas aulas foram suspensas em função da pandemia do novo coronavírus. Uma das metas iniciais foi atingida com folga: as estudantes mulheres que deveriam somar pelo menos 30% do total, foram 51% dos alunos alfabetizados.
“Esse projeto é o nosso menino dos olhos, porque temos visto as mudanças no campo. Percebemos o envolvimento e melhoria no processo produtivo desses agricultores, com melhora nas práticas de manejo e cuidado com o rebanho. Importante que esse processo de escolarização continue”, defendeu a coordenadora Glauciane Pinheiro.
O especialista em educação do Banco Mundial, André Loureiro, elogiou os resultados alcançados pela educação e apresentou um estudo externo realizado pelo Banco Mundial sobre os impactos da Covid-19 na educação, entre eles: ruptura na aprendizagem, impactos na saúde mental e crianças que estão deixando as escolas privadas para se matricularem nas públicas.
“Sabemos que nos recuperar dos impactos da Covid na educação demandará um médio prazo. Por isso precisamos discutir com o Banco a margem que teremos para pensar ações que deem sustentabilidade a tudo que foi feito até agora”, pontuou o secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro.
A reunião contou com a participação de André Loureiro e da coordenadora do projeto no Banco Mundial, Fátima Amazonas; secretário de Educação Getúlio Marques, subsecretário de Educação Marcos Lael, gerente da UES SEEC José Pereira Neto, Cleide Oliveira, Elizaete Nascimento e Jailma Araújo (SEEC) e equipe técnica do Governo Cidadão, Ana Raquel Matias (economista), Wígenes Nascimento, Stephan Brito e Sérgio Araújo (engenharia).