O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou, nesta segunda-feira (29), que dos 29 ataques realizados às urnas eletrônicas na 6ª edição do Teste Público de Segurança (TPS), cinco conseguiram passar a barreira de segurança. Segundo o presidente do órgão, ministro Luís Roberto Barroso, nenhum deles foi bem-sucedido.
O ataque mais grave foi o quinto, realizado por peritos da Polícia Federal que conseguiram invadir a rede de transmissão de votos das urnas e entrar na rede do TSE. Entretanto, os técnicos não conseguiram mexer no sistema e nem adulterar nenhum voto. De acordo com Barroso, “a entrada já é uma preocupação”, que será averiguada pelo órgão.
Os outros quatro ataques foram menos relevantes, mas ainda assim apresentam certo risco. O primeiro foi feito com o acoplamento de um painel falso sobre o painel da urna, que conseguiu ler os votos depositados.
Para ser realizado, é necessário ter contato com a urna, onde será feito o acoplamento do painel falso, e esperar que os eleitores digitem os números e escolham seus candidatos, votem em branco ou anulem. Depois, o painel falso deve ser retirado, para assim ser feita a análise e quebrar o sigilo.
O segundo ataque foi com o desembaralhamento do boletim de urna –cédula impressa com a totalização dos votos da urna após o fim do pleito. Os resultados são repassados para o sistema do TSE embaralhados para não acontecer vazamento de dados sigilosos, mas os hackers conseguiram fazê-lo.