Política

No RN, Bolsonaro crítica o sistema eleitoral e defende contagem de votos

Antes da cerimônia, Bolsonaro fez cavalgada com os ministros Fábio Faria (Comunicações) e Rogério Marinho (MDR), e apoiadores. Foto: José Dias/PR 

Em discurso durante entrega da Estação Cajupiranga nessa quarta-feira (30), em Parnamirim, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ameaçar o judiciário sobre o resultado das eleições 2022 e afirmou que haverá contagem de votos. “Povo armado jamais será escravizado. E pode ter certeza, que por ocasião das eleições, os votos serão contados no Brasil”, disse. “Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos. Nós defendemos a democracia e a liberdade e, tudo nós faremos, até com o sacrifício da vida, para que esses direitos sejam, de fato, relevantes e cumpridos em noso País”, discursou, em seguida.

Não é a primeira vez que Bolsonaro defende a contagem pública de votos. Em uma live nas redes sociais, em fevereiro deste ano, o presidente disse que “todo mundo quer eleições limpas, auditáveis e contagem pública de votos”. Antes disso, em agosto do ano passado, o mandatário se dirigiu, por meio de videochamada, a apoiadores que estavam reunidos em Brasília para um ato em defesa do voto impresso.


“Sem eleições limpas e democráticas não haverá pleito”, frisou. O presidente comentou, na ocasião, que as eleições passadas têm sinais de manipulação, sem especificar quais seriam esses sinais. “As últimas eleições estão recheadas de indícios fortíssimos de manipulação”, falou.


Além disso, nessa quarta-feira, Bolsonaro reforçou discursos que já havia proferido em outras ocasiões, como a luta do bem contra o mal, em alusão ao enfrentamento ideológico na próxima disputa eleitoral. “A luta não é da esquerda contra a direita, mas é do bem contra o mal. E o bem sempre venceu e dessa vez não será diferente”, apontou.


 Bolsonaro também criticou a governadora Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, e outros gestores pela condução da pandemia de covid-19. “Vocês não podem se esquecer o que aconteceu ao longo destes dois anos com a pandemia. Não estou falando apenas da perda de parentes e amigos,  mas da ação de muitos governadores, que barbarizaram junto à opinião pública. Pessoas que obrigaram o povo a ficar em casa”, afirmou.

Tribuna do Norte