“Recebi a notícia mais triste da minha vida quando soube da partida da minha irmã. Perdê-la assim, de surpresa, foi um choque. Está sendo e ainda será muito difícil aceitar”. O relato é do irmão de Handkelly de Morais Bezerra, influenciadora digital potiguar que faleceu, no último sábado (7), em acidente de trânsito em Portugal. Em entrevista ao repórter Rafael Araújo, da TV Tropical, nesta terça-feira (10), Nilton Bezerra Júnior contou como soube do acidente e relatou as dificuldades para o translado do corpo da irmã até o Brasil.
“Meu cunhado, Cássio, ligou para a minha esposa, chorando muito, muito, muito. Quando minha esposa disse: ‘Eu não acredito!’, imaginei que tinha acontecido alguma coisa com Handkelly. Foi a partir daí que recebi a notícia mais triste da minha vida”, contou Nilton. Hand, como era mais conhecida a dona do perfil ‘Casa 194’, no Instagram, fazia uma viagem pela Europa com o marido, Cássio, quando se envolveu no acidente. O casal seguia, em um transporte por aplicativo, para o aeroporto de Portugal. De lá, os planos seriam pegar um voo para a Itália, real destino da viagem dos sonhos da blogueira.
Os planos, porém, foram interrompidos pelo acidente que tirou a vida de Hand. O esposo, Cássio Santos de Mendonça, que também estava no veículo, chegou a ser hospitalizado com fraturas na costela e machucados no rosto. “Um dia depois, conversando com ele [Cássio], perguntei se ele lembrava de alguma coisa. Ele contou que lembrava de apenas alguns flashes. A lembrança dele é que eles pegaram o transporte por aplicativo no hotel e, no caminho, Hand pediu que ele fosse adiantando o check–in pelo celular. Ele abaixou a cabeça para se concentrar nisso e só ouviu depois a voz de Hand dizendo: ‘Ai meu Deus’. Em seguida, já sentiu a bancada”, relata Nilton.
Ainda segundo Nilton Bezerra, Cássio contou que o carro não chegou a capotar, mas rodou várias vezes na avenida. “Foi uma pancada muito forte. Ele não lembra quem cortou o sinal, mas disse que, no processo, tem a filmagem completa e, a posteriori, saberemos de fato quem ultrapassou o semáforo no momento errado. Mas o que ele disse e pode afirmar é que o motorista que conduzia o carro deles não vinha rápido, vinha em velocidade normal; e que é possível que o outro carro tenha cortado o sinal, pois vinha em alta velocidade”.
Quase quatro dias após o acidente, a data para liberação do corpo de Hand Bezerra ainda é incerta e a família está enfrentando alguns impasses com o translado até o Brasil. “O pior é essa angústia. É essa sensação de não saber quando eles vêm. Cada dia e noite sem dormir. Ficamos angustiados. Terá a missa de sétimo dia, mas o velório a gente não sabe”, contou o irmão. De acordo com Nilton, o esposo de Hand, mesmo machucado, decidiu assinar um termo de responsabilidade e pedir para sair do internamento na unidade hospitalar para poder agilizar os trâmites.
“Cássio começou a dar entrada nos procedimentos na segunda-feira. Ao chegar no instituto onde deve ser feita a autópsia do corpo, teve a surpresa de que precisava de um requerimento do Ministério Público, além de também necessitar constituir um advogado. Mesmo ele sendo advogado, não conseguiria atuar”, explicou o irmão. A solicitação foi feita e agora a família aguarda a chegada do pedido ao instituto que fará a autópsia. “A expectativa é que essa autópsia seja feita, para que recebamos a certidão de óbito e possamos iniciar os trâmites do traslado. A embaixada, o consulado e o Itamaraty já estão cientes. Estamos realmente só aguardando a saída da autópsia para fazer esse certificado, ratificá-lo com o consultado e então iniciar o translado do corpo”, explicou.
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