Os casos de covid-19 voltaram a crescer no Rio Grande do Norte. O mês de junho apresentou um aumento de 747% em relação a maio e 367% em comparação com abril. Foram 19,8 mil em junho e 2,3 mil e 4,2 mil em maio e abril, respectivamente. As mortes também aumentaram: de 7,em maio, para 41, em junho, crescimento de 485%. A mudança no cenário fez com que a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) reativasse 50 leitos de covid-19 no Estado nas últimas semanas, sendo 20 críticos e 30 clínicos, ao passo que até o final da semana outros 25 leitos clínicos serão disponibilizados.
“A maioria dessas pessoas que estão falecendo têm faixa etária mais avançada, idosas, e que ou estão sem nenhuma dose da vacina ou com esquema vacinal incompleto. É o diagnóstico que fazemos. Fazemos todo tipo de movimento para atingir esse público e fazer com que eles se vacinem. Existem várias motivações, mas temos feito movimento de tentar convencer as pessoas de que elas precisam tomar a dose de reforço”, cita Lyane Ramalho, subsecretária de Saúde do RN.
A ocupação nos leitos também voltou a crescer no Estado. Segundo dados da plataforma Regula RN, a ocupação é de 71,21%, com 47 leitos. Com relação a leitos clínicos, a ocupação é de 56,96%, com 45 ocupados.
De acordo com a subsecretária de Saúde do RN, Lyane Ramalho Cortez, as recentes reversões foram tomadas em razão do aumento na procura nas unidades de saúde, situação que vem acontecendo desde o mês de maio. Apesar do aumento na procura, a pasta não vê o momento como algo preocupante, mas que requer cautela. Ela cita que o aumento de casos e internações pode estar associado à sazonalidade da doença, situação que aconteceu em todo o país, e imunização incompleta dos usuários.
“A covid é uma doença matemática. Quanto mais pessoas adoecem, temos uma grande probabilidade de parte dessas pessoas, principalmente os vulneráveis e idosos, internarem. A maioria precisa de leitos clínicos e algumas de leitos de UTI. Fomos monitorando isso por região de saúde, de acordo com a necessidade e deixamos duas referências em alta complexidade: Giselda Trigueiro e Rafael Fernandes”, aponta.
Tribuna do Norte