Faltando dois dias para o início do Campeonato Estadual, o presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, se mostra otimista com relação a disputa de 2023, mostrando a confiança de que ela irá cair no gosto do torcedor pelo número de jogos decisivos e a fórmula simples. Fórmula essa que adequou a competição local às datas destinada pela CBF, no Calendário Oficial, para realização das competições estaduais.
Segundo o dirigente potiguar, a competição será pautada pela clareza de sua concepção, privilegiando o aspecto econômico e financeiro, ao reduzir o número de viagens dos clubes. A fórmula com dois grupos de quatro clubes com a disputada nos mesmos moldes da Copa do Nordeste, com os integrantes do grupo A enfrentando os do grupo B, que farão jogos de ida e volta, com a classificação dos dois primeiros de cada grupo para segunda e decisiva fase.
“Essa forma de disputa irá conceder aos seis clubes de menor investimento no RN, a possibilidade da conquista de uma vaga na Série D do Brasileiro, com aspiração a disputar vagas na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste. Essa disputa será democratizada e a competição irá premiar de forma mais efetiva a todos os participantes”, afirmou José Vanildo. O dirigente fez questão de destacar que a ascensão de ABC e América dentro do campeonato nacional é que proporcionou essa maior distribuição de vagas, via Estadual.
O exíguo número de datas, espremidas entre as disputas da Copa do Nordeste e as da Copa do Brasil, foi o que levou a FNF a optar por desenvolver uma nova fórmula de disputa, mesmo ciente que o modo de disputa de 2022 havia caído no gosto do torcedor, que voltou a lotar os estádios.
“Nós tivemos a necessidade de modernizar o modelo antigo, fomos obrigados a nos adequar às exigências do calendário. O modelo antigo se mostrou eficiente, mas em contrapartida tinha um ônus econômico fortíssimo pelo número de jogos realizados. Esse número de partidas gerava despesas com viagens, com a arbitragem e onerava muito o caixa dos clubes. No novo modelo, conseguimos otimizar o número de confrontos, sem qualquer prejuízo à qualidade da disputa. Ao mesmo tempo que reduzimos o número de jogos, aumentamos o atrativo para o torcedor. Vale a pena lembrar que dentro desse novo formato nós poderemos ter até seis clássicos entre ABC x América”, reforçou.
O formato mais compacto da disputa estadual, inclusive, na visão de José Vanildo pode vir a ser copiado por outras federações nordestinas, tendo em vista que o número de datas se ajusta de forma perfeita e a competição não correrá risco de invadir as datas destinadas ao Campeonato Brasileiro.
“Se fosse mantido o formato anterior, nós iríamos ter um problema grande de datas, a ponto de invadir as datas destinadas ao Brasileirão, prejudicando os nossos clubes na disputa das Séries B e C. “O modelo atual facilitou bastante a realização das partidas, bem como a conclusão da competição sem prejuízo algum em termos de calendário para ABC e América e, no caso dos demais clubes, delimitando dentro do tempo legal o prazo de contrato com os atletas”, informou.Dessa forma a FNF considera que o Campeonato Potiguar está completamente adequado às exigências realizadas pela CBF.
Excluindo as questões das datas, que estão resolvidas, agora a maior preocupação dentro do departamento técnico da federação, é adequar a tabela às peculiaridades dos estádios que servirão como praça para as partidas do Estadual. Embora muitos estejam com laudos de licenciamento para funcionar, cada um possui sua peculiaridade. No estádio José Rocha, por exemplo, casa do América, não pode haver jogos noturnos. Alecrim e Santa Cruz não têm estádios para mandarem seus jogos, isso irá obrigar o departamento de competições a adotar um conjunto de medidas para adequar a competição às necessidades dos clubes.
Números
16 – Essa será a quantidade de partidas que os dois finalistas irão fazer.
8 – É o mínimo de jogos que um clube irá realizar na disputa do Estadual.
Tribuna do Norte