A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,1% no trimestre encerrado em novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira, 19, pelo IBGE.
Após nove meses seguidos de redução, o resultado desceu ao patamar mais baixo desde abril de 2015, quando também estava em 8,1%. A população ocupada alcançou um recorde de 99,693 milhões de pessoas no trimestre encerrado em novembro de 2022, uma abertura de 680 mil vagas no mercado de trabalho em relação ao trimestre terminado em agosto. Já a população desocupada diminuiu em 953 mil pessoas em apenas um trimestre, totalizando 8,741 milhões de desempregados
O setor privado abriu 817 mil vagas com carteira assinada em apenas um trimestre. O setor público absorveu 171 mil trabalhadores. Em igual período de 2021, a taxa de desemprego estava em 11,6%. No trimestre encerrado em outubro de 2022, a taxa de desocupação estava em 8,3%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.787 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa alta de 7,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 272,998 bilhões no trimestre até novembro, alta de 13% ante igual período do ano anterior.
O Brasil registrou 4,064 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em novembro.
O resultado significa 203 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em agosto, um recuo de 4,8%. Em um ano, 817 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 16,7%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade – e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Setor privado
O trimestre encerrado em novembro de 2022 mostrou uma abertura de 817 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em agosto. Na comparação com o mesmo trimestre de 2021, 2,567 milhões de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado.
O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 36,791 milhões no trimestre até novembro, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram um recorde de 13,309 milhões, 149 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até novembro de 2021, foram criadas 1,130 milhão de vagas sem carteira no setor privado.
O trabalho por conta própria perdeu 370 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,499 milhões. O resultado significa 342 mil pessoas a menos atuando nessa condição em relação a um ano antes. O número de empregadores aumentou em 28 mil em um trimestre. Em relação a novembro de 2021, o total de empregadores é 466 mil superior. O País teve um aumento de 13 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,864 milhões de pessoas. Esse contingente é 255 mil pessoas maior que no ano anterior.
O setor público teve 171 mil ocupados a mais no trimestre terminado em novembro ante o trimestre encerrado em agosto. Na comparação com o trimestre até novembro de 2021, foram abertas 993 mil vagas.
Tribuna do Norte