Apesar de o União Brasil (UB) ter indicado dois ministérios do governo Lula e ainda ter escolhido um nome para um terceiro, o presidente da sigla no Rio Grande do Norte, ex-senador José Agripino Maia, ainda vê “com reservas” o início do governo petista. O ex-senador não quis entrar em detalhes sobre quais seriam essas “reservas” em relação à gestão petista e defendeu a independência da sigla.
Em entrevista ao AGORA RN esta semana Agripino foi questionado sobre como se comportará a bancada do União Brasil RN na Câmara dos Deputados em relação aos projetos do governo do presidente Lula (PT). A legenda comandada por Agripino tem como representantes na Casa do Povo os deputados federais Benes Leocádio e Paulinho Freire.
“Eles vão votar as matérias de interesse nacional. Você tem que perguntar isso a eles, aos deputados Benes Leocádio e ao Paulinho Freire. O União Brasil vai ser a favor do País. As matérias de interesse do País terão o voto favorável, as que não forem do interesse do País merecerão o voto contrário”, declarou.
Embora esteja dentro do governo Lula, o União Brasil tem resistido em formalizar, a nível nacional, o apoio à gestão petista. Nesta terça-feira 14, o líder do partido, deputado federal Luciano Bivar (PE), afirmou que precisa de mais espaços para entregar a fidelidade pedida pelos petistas no Congresso.
“O PT é feito por pessoas inteligentes, que sabem que para fazer política é necessário ter espaços. Quanto mais espaços tivermos, melhores ferramentas podemos oferecer e mais apoios poderemos garantir”, disse Bivar.
Atualmente, o União Brasil detém os comandos dos ministérios do Turismo, com a ministra Daniela Carneiro, e o das Comunicações, com Juscelino Filho. O partido de Bivar ainda indicou o ministro Waldez Góes para o Ministério da Integração Nacional. Góes é filiado ao PDT, mas é aliado do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e foi nomeado por indicação do ex-presidente do Congresso Nacional