Saúde

Alerta: idosos e crianças fazem parte do grupo de risco para dengue grave

Foto: Reprodução

Dados do Ministério da Saúde divulgados na quinta-feira (15) mostram que o Brasil passou a marca de meio milhão de casos de dengue, com 532.921 pessoas possivelmente infectadas pelo mosquito Aedes aegypti.

A evolução dos casos e agravamento da doença dependem de uma série de fatores. Enquanto a dengue comum costuma ser autolimitada e pode ser controlada com tratamento para aliviar os sintomas, o tipo mais grave da doença, conhecida popularmente como dengue hemorrágica –embora não necessariamente a pessoa apresente sangramento visível– , requer intervenção médica imediata e, em alguns casos, cuidados intensivos para prevenir complicações fatais.

É comum que, no primeiro momento, os sintomas da dengue convencional e grave sejam os mesmos, como febre, dor no corpo, dor de cabeça e atrás dos olhos, explica Filipe Piastrelli, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. O momento de maior chance de desenvolvimento das formas graves é quando a febre começa a desaparecer.

De acordo com o Instituto Butantan, em caso de apresentação dos sintomas acima, deve-se procurar atendimento médico urgente, pois o período que compreende de 24h a 48h posteriores é determinante para evitar complicações e morte.

Grupos de risco
De acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, os grupos de risco de dengue grave incluem indivíduos que já lidam com alterações no sangue ou têm o sistema imunológico enfraquecido, como:

  • Idosos;
  • Crianças de até 2 anos;
  • Gestantes;
  • Diabéticos;
  • Hipertensos;
  • Pessoas com problemas cardiovasculares e/ou respiratórios;
  • Indivíduos com algum problema de neoplasia (como linfomas e leucemia).
    A maior probabilidade de acontecer infecções de formas graves da dengue, diz Filipe Piastrelli, é a partir da segunda infecção. Isso acontece porque existem quatro sorotipos do vírus da dengue.
    Só é possível ter infecção por cada subtipo apenas uma vez na vida, depois cria-se uma imunidade permanente para esse subtipo. Porém, essa imunidade não se transfere para os outros três.

*Com informações da ABr