Fomentar o desenvolvimento regional e estimular a competitividade nacional a partir de um novo modelo de exploração e produção de petróleo e gás natural em terra é um dos temas centrais debatidos durante o Mossoró Oil & Gas Expo e o IV Fórum Onshore Potiguar, que acontece no período de 26 a 28 de novembro, em Mossoró. O evento – o maior do setor de petróleo e gás do Brasil – irá discutir a extração em terra e águas rasas, bem como, a cadeia produtiva, incluindo os fornecedores de bens e serviços nesse segmento.
Realizado pelo Sebrae-RN e Redepetro, com o apoio do SENAI/CTGAS-ER e ISI-ER, o evento estima reunir mais de 1 mil visitantes e 80 stands de empresas participantes. Durante os três dias, acontecem mais de 150 reuniões de negócios, conferências e evento científico.
O Rio Grande do Norte é o maior produtor de petróleo onshore (em terra) do país. A produção potiguar que já chegou a 100 mil barris/dia, o equivalente a 10% da produção nacional, hoje está na marca dos 38 mil barris/dia com a decisão da Petrobras de investir prioritariamente no pré-sal.
O setor, lembra o diretor do CTGAS-ER e ISI-ER, Rodrigo Diniz de Mello, representa 45% do PIB industrial do RN. E, após queda na produção com a retirada dos investimentos da Petrobras no estado, vislumbra a oportunidade de retomar a atividade e o crescimento econômico da região, a partir da atuação de novas empresas nos campos terrestres.
“Neste novo momento do setor, Mossoró desponta como a capital do petróleo e gás onshore. Tanto por ser onde começou essa mobilização em torno da reativação e concessões para exploração pela iniciativa privada, quanto por ter a maior produção em terra, o Rio Grande do Norte sai na frente e tenho a convicção de que terá um impacto bastante positivo na economia local”, destaca o diretor do CTGAS-ER e ISI-ER, Rodrigo Diniz de Mello.
A concessão à iniciativa privada está prevista no Programa de Revitalização das Atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (Reate), do Ministério das Minas e Energia (MME), criado para ampliar a produção de petróleo e gás natural em campos terrestres em todo país, revitalizando as atividades de E&P em áreas terrestres e aumentando a competitividade da indústria petrolífera onshore nacional.
“Será a retomada da cadeia produtiva de petróleo e gás do Estado e desta vez com atores locais. A expectativa é de uma recuperação maior, com impacto ainda mais positivo, uma vez que serão empresas daqui, com contratação de profissionais locais. Diferente de quando era a Petrobras que tudo ocorria em âmbito nacional, desta vez se volta mais para o desenvolvimento regional, com geração de empregos e movimentação da economia do estado e da região”, observa Rodrigo Mello.