O dólar renovou recordes na tarde desta terça-feira, 26, chegando à cotação máxima de R$ 4,2774 (+1,49%). Mais cedo, ação extra do Banco Central, com venda à vista de dólares, havia amenizado a pressão, mas logo depois o movimento de alta acelerou.
O movimento de alta começou como reação do mercado à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, na segunda-feira, 25, em Washington, nos Estados Unidos. Ele disse não estar preocupado com o dólar acima de R$ 4,20 e que “é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo”.
A operação do BC ocorreu das 11h03 às 11h08 desta terça-feira e não foram divulgados os montantes ofertados. Conforme o BC, a taxa de corte do leilão foi de R$ 4,2320. Mais cedo, o BC há havia feito operação de venda à vista de dólares e de swap cambial reverso, que equivale à venda de dólar no mercado futuro.
Na tarde desta terça, ainda em Washington, o ministro alterou o discurso sobre a composição do mix de política econômica que mencionou durante entrevista coletiva dada na segunda. Sem citar o câmbio, ele apontou que a composição da política econômica é “política fiscal apertada e monetária frouxa”, enquanto, anteriormente, tinha destacado que o mix era por juro de equilíbrio mais baixo e câmbio neutro mais alto.
Logo após a ação do Banco Central, o dólar desacelerou para o patamar de R$ 4,24, mas logo voltou a subir. Às 15h32, a moeda era cotada a R$ 4,2752, com alta de 1,44%. O dólar turismo era vendido a R$ 4,4723 em São Paulo. Às 16h40, o dólar estava cotado a R$ 4,2400.
Na segunda-feira, o dólar fechou em nova máxima histórica, a R$ 4,2145, o maior valor desde o início do Plano Real. Em entrevista coletiva na embaixada brasileira em Washington, Guedes disse que o Brasil tem uma moeda forte e que flutuações no câmbio não são motivo de preocupação.