As doenças infecciosas e parasitárias foram a principal causa de mortalidade nas unidades hospitalares do Rio Grande do Norte, ceifando a vida de 1.260 pessoas entre janeiro e outubro de 2019, de acordo com informações do Ministério da Saúde.
O levantamento foi feito a partir de informações do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus). Segundo o estudo, o número de potiguares mortos em razão de infecções aumentou 17,65% em comparação com o mesmo período de 2018 (1.071 casos).
Entre as infecções, as septicemias foram o principal agente de mortalidade. Isso ocorre quando uma inflamação se espalha pelo organismo, podendo levar a falência de órgãos. Esta foi a razão de 641 óbitos em 2019.
São consideradas doenças infecciosas aquelas causadas por bactérias, vírus ou fungos. Já as parasitárias ou parasitoses são transmitidas por protozoários. HIV, tuberculose, leishmaniose visceral (calazar), pneumonia e meningite. As despesas dos hospitais em serviços de saúde para atender os casos de doenças infecciosas somaram R$ 12,9 milhões em 2019, segundo o Datasus.
Ainda de acordo com o levantamento, 6.027 pessoas morreram em hospitais – públicos, privados e filantrópicos – do Rio Grande do Norte entre janeiro e outubro de 2019. Após as infecções, que represntam 20,9% do total de óbitos computados, as doenças do aparelho circulatório são a segunda maior responsável pela mortalidade entre as unidades hospitalares, com 1.074 casos.
O terceiro posto ficou com os problemas respiratórios, que causaram a morte de 1.037 pessoas. Natal é a cidade que concentra maior parte de todos óbitos registrados em unidades hospitalares. Foram 3.277 mortes, o que representa 53% da mortalidade em todo o Rio Grande do Norte.