Os professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve já a partir desta quarta-feira (4). A decisão foi tomada após assembleia, que ocorreu há pouco, na Escola Estadual Winston Churchill, na Zona Leste de Natal, sobre a proposta apresentada pelo Governo do Estado na terça-feira (3), que trata da implantação do reajuste do Piso Nacional do Magistério – de 12,48% – fixado pelo Ministério da Educação (MEC) .
Dentre os pontos discutidos na assembleia de hoje estão os prazos para implantação do reajuste. Os servidores reivindicam os meses de abril, junho e julho, para que o reajuste seja pago tanto a professores da ativa quanto aos aposentados.
No entanto, a proposta do governo é de que o reajuste aconteça nos meses de junho, setembro e dezembro deste ano, para professores da ativa. Já os aposentados devem o receber o aumento nos meses de agosto, outubro e dezembro de 2020.
O ponto que gerou maior discordância diz respeito ao pagamento do retroativo, que deverá ser pago aos profissionais da Educação estadual: o Governo propõe pagar em 24 parcelas, durante os exercícios 2020-2021. Esta proposta, no entanto, não foi aceita e os professores levarão ao governo duas outras sugestões: a primeira é que o retroativo seja pago em seis vezes – de outubro deste ano a março de 2021. A outra, mais ambiciosa, é a de que o retroativo seja pago em três parcelas.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN), as novas reivindicações devem ser apresentadas ao Governo do estado até a próxima sexta-feira (6).
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), informou que “respeita o posicionamento dos professores e aguarda uma contraproposta do Sindicato para reajuste”.