Saúde

Aumento de casos de Covid é esperado, diz médico infectologista

Médico aponta que não existe aumento na gravidade dos casos – Foto: josé aldenir / agora rn

Os casos de Covid-19 continuam aumentando no Rio Grande do Norte desde meados de novembro. Nesta terça-feira 6, foram 788 casos confirmados. Em entrevista ao Bom Dia CBN na segunda-feira 5, o médico infectologista Luiz Alberto Marinho comentou a situação do vírus e das subvariantes que circulam no Rio Grande do Norte. Segundo ele, “é natural e esperado que haja um aumento do número de casos”.

“Nós estamos sob a ação da variante Ômicron, com suas subvariantes. Isso fez com que, e sempre que ocorrem essas pequenas mutações, não transformam o vírus em um outro, modificam-no estruturalmente. Então é natural e é esperado que haja um aumento do número de casos”, disse o médico.

Para ele, as subvariantes apresentam poder de contagiosidade bem maior do que a cepa inicial. “Por outro lado, tem um poder de patogenicidade e lesão muito menor do que a cepa inicial. Com este comportamento nós vamos ter períodos do ano em que praticamente não teremos casos ou muito pouco casos serão confirmados, e períodos em que haverá sempre um aumento”.

O infectologista reforça que o aumento de casos é um fenômeno esperado. “Eu acho que o que a gente está presenciando hoje é o esperado para o fim da pandemia, para se transformar oficialmente em um vírus de comportamento endêmico. Portanto, nós temos um aumento do número de casos. No entanto, isso não corresponde a um aumento da gravidade e consequentemente de pessoas que precisam de internamento e enfermaria ou menos ainda em UTI. Os dados continuam, mas em um percentual que não pode ser comparado por exemplo aos casos de 2020 e 2021. É um fenômeno esperado”, pontuou.

De acordo com Luiz Alberto Marinho, as vacinas contra a Covid-19 que estão disponíveis atualmente são preparadas a partir do vírus selvagem, o vírus original, por isso não evita a infecção ou o contágio, mas contribui decisivamente para casos não serem graves.

Uma nova vacina já foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “É da Pfizer, chamada de 2ª geração, e ela contém, além do vírus original, duas subunidades da Ômicron, exatamente as que estão circulando pelo Brasil. Então pode ser que com essa vacina de 2ª geração a gente tenha diminuição não só da gravidade, mas também no número de casos”.

Agora RN