A governadora do Estado, Fátima Bezerra (PT), acompanhada dos secretários, se reuniu com os senadores e deputados federais para tratar da saída da Petrobras do Rio Grande do Norte.
O encontro aconteceu presencialmente, nesta segunda-feira (31), no Centro de Convenções de Natal. O anúncio sobre a venda da totalidade dos ativos da estatal no RN foi divulgado na segunda-feira passada (24) e, desde então, estratégias estão sendo traçadas para mitigar os efeitos dessa saída.
A Petrobras está ofertando a totalidade de suas participações na produção de petróleo, seja em áreas terrestres ou águas marítimas da Bacia Potiguar. Ao todo, o Polo Potiguar é formado por três subpolos (Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana), totalizado 26 concessões de produção (23 terrestres e 3 marítimas). Um levantamento mostrou que há 5.637 empregos mantidos pela Petrobras no RN, dos quais 1.437 são efetivos e 4.200 terceirizados. Nos últimos 20 anos, foram produzidos R$ 465,80 milhões de barris de petróleo somente no RN. Ao mesmo tempo, foram gerados R$ 425 milhões através dos royalties. Desses, R$ 226 milhões foram enviados a 98 municípios potiguares.
“É importante que a gente saiba, neste momento, o que é que ainda vai ficar da Petrobras no RN. Em relação à sede operacional, em relação à venda da refinaria Clara Camarão, que eu acho que é o mais grave”, disse o senador Jean-Paul Terra Prates (PT). “Ela é a responsável pelo pagamento da maior parte do PIB do nosso estado e essa dependência não foi acompanhada com a evolução de geração de novos empregos ou de melhorias dessa estrutura que hoje prepararia para a uma possível saída da Petrobras”, complementou o senador Styvenson Valentim (Podemos). A preocupação com a manutenção dos empregos também foi defendida pelos deputados federais.