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Conheça rocha que emite som parecido com sino de igrejas e virou ponto turístico em Currais Novos

Foto: Lucas Cortez

Como uma pedra de granito é capaz de emitir um som semelhante aos sinos de uma igreja, feitos de metal? E como uma parte dela emite esse som e a outra não? 

Essas são perguntas que muitas pessoas que visitam a Pedra do Sino, localizada na Zona Rural de Currais novos, na região Seridó do Rio Grande do Norte, se fazem. O “mistério” da Pedra do Sino desperta a imaginação das pessoas e atrai muitos visitantes ao local. 

A rocha é dividida em dois pedaços, como se tivesse sido partida ao meio. Ao ser batido com outra rocha ou material metálico, um desses pedaços emite o som de sino. O outro predaço, não (veja o vídeo acima).

De acordo com a turismóloga, a justificativa mais plausível defendida por físicos e geólogos, para o som de sino, é a forma como a pedra está posicionada. 

“A rocha está posta em cima de outra rocha, de um lajeiro de pedra granítica. Ela tem alguns vácuos, não está completamente assentada no solo. E é como se ela funcionasse como uma espécie de caixa acústica. Então, a partir do momento que você bate, é como se essas ondas sonoras se propagassem por entre os poros da rocha, ecoassem, fossem para o chão e voltassem, tudo isso em fração de milésimos de segundos”, explicou Raianne.

Lendas sobre o descobrimento da pedra

Ninguém sabe com certeza a história da rocha, nem o ano em que ela foi descoberta, mas há suspeita de que antigas tribos indígenas utilizavam a pedra como meio de comunicação. 

“É uma tese de arqueólogas da Fundação Seridó que foram a Currais Novos. A tese surgiu entre 2000 e 2001”, contou Raianne Kely. 

Também há quem diga que a rocha foi partida por um raio ou até mesmo por um antigo fazendeiro, que pretendia vendê-la em outro estado. 

No entanto, de acordo com a guia de turismo, a teoria mais popular entre os currais-novenses para a história da Pedra do Sino é outra. 

“A pedra fica em uma propriedade rural denominada Lagoa do Santo. E a história dessa pedra se confunde com a história do proprietário, Lulu da Areia. Quando esse proprietário faleceu, quem ficou tomando conta dos negócios dele foi um senhor chamado João Lobo. E Lulu da Areia, depois de morrer, veio em sonho para João Lobo e disse que, se ele fosse naquela pedra à meia-noite e a partisse, ele encontraria uma botija de dinheiro”, contou.

G1RN