Alerta

Covid: Sesap orienta que municípios do RN reduzam para 5 meses intervalo para aplicação da dose de reforço

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) orientou que os municípios do Rio Grande do Norte reduzam para cinco meses o intervalo para aplicação da dose de reforço contra a Covid em idosos e profissionais da saúde. Atualmente, esse prazo é de seis meses.

A recomendação da Sesap foi emitida em uma nota informativa nesta sexta-feira (15) após decisão tomada em conjunto com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems/RN) e a Câmara Técnica das Vacinas.

Segundo a nota, a vacina da Pfizer, que é a de reforço, deve ser administrada em idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde que já completaram o esquema vacinal há cinco meses – ou seja, tomaram a segunda dose ou a dose única nesse tempo.

De acordo com a Sesap, a mudança se deu após alguns municípios sinalizarem a iminência da perda de doses da Pfizer por conta do prazo de validade após o descongelamento. Isso ocorreu em decorrência da baixa procura para dose de reforço e D2. “Chegamos a conclusão que temos um quantitativo de doses da vacina da Pfizer junto aos municípios, descongeladas há mais de 20 dias, que devem ser aplicadas de forma imediata, considerando o intervalo de vencimento de 31 dias. Então, decidimos, em parceria com os municípios, antecipar a terceira dose”, informou a coordenadora em Vigilância em Saúde da Sesap, Kelly Lima.

Além disso, foi considerado ainda que boa parte da população idosa na faixa etária abaixo de 70 anos ainda não completou os 6 meses após a segunda dose. Ou seja, poderiam tomar a vacina devido à idade, mas não conseguiam por não terem o tempo necessário de intervalo.

Os municípios precisam oficializar a redução do tempo de intervalo para esse público, o que deve ocorrer a partir da próxima semana, segundo a coordenadora da Sesap.

Para a mudança, a Sesap se embasou na recomendação emitida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a qual estabelece que a aplicação da dose de reforço tem aprazamento três a seis meses após a completude do esquema vacinal.

“Entendendo esse cenário de taxa de ocupação e número de óbitos reduzidos nos últimos 15, 30 dias no estado, nós começamos a fazer uma análise um pouco mais detalhada desse perfil das pessoas que tem ido a óbito e identificamos que existe uma proporção de idosos que já estão na fase de tomar a terceira dose, mas com esse intervalo de seis meses não chegaria o dia”, explicou a subcoordenadora de vigilância epidemiológica, Diana Rêgo. “Nós temos um cenário que, embora estejamos confortáveis com relação a taxa de ocupação de leitos, a gente precisa estar atento que temos aí uma grande parcela ainda da população que não foi buscar a segunda dose da imunização e isso nos preocupa já que agora estamos vivendo essa retomada de eventos, do comércio e da circulação das pessoas”, reforçou.

G1 RN