Os coordenadores do Projeto Falésias, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) apresentaram, nesta quarta-feira (10), os dados do “Diagnóstico e Apontamentos de Medidas Mitigadoras de Riscos das Falésias”, trabalho iniciado em 2020 e que segue até março de 2022.
A apresentação aconteceu na sede Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). A iniciativa busca diagnosticar a situação das falésias nas praias de Pipa, no município de Tibau do Sul, e da praia de Barra de Tabatinga, em Nísia Floresta.
Durante sua explanação, o professor do Departamento de Geografia da UFRN, Rodrigo Freitas Amorim, explicou aos técnicos do Idema qual foi a metodologia aplicada, os recursos empregados e a logística das atividades de monitoramento. “Tivemos a parceria de muitos entes, como a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), que cedeu o helicóptero Potiguar 1, para transportar os equipamentos e colaborar com as análises realizando sobrevoos em diversas áreas de falésias”, explicou.
A força-tarefa envolvida no monitoramento tem representantes da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros Militar do RN, Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social (Sesed), Ministério Público Federal (MPF), prefeituras de Tibau do Sul e de Nísia Floresta, além da UFRN e do MDR, através da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MDR).
O coordenador do Núcleo de Monitoramento Ambiental do Idema, Sérgio Luiz Macêdo, destacou a qualidade técnica do trabalho executado. “Tivemos acesso a forma como foi feita e está sendo finalizada o levantamento de dados das áreas litorâneas e nos passou muita segurança as informações do representante da UFRN. Para se ter ideia, o escaneamento usou equipamentos de última geração, como LaserScan e drones, e saber que a Universidade vai nos fornecer esses dados, contribuirá para o monitoramento mais substancial dessas áreas ambientais”, disse.
De acordo com o Governo do Estado, a preocupação é maior especialmente com a segurança da população e turistas que frequentam as praias dos municípios de Parnamirim, Nísia Floresta, Tibau do Sul e Baía Formosa, cuja paisagem se caracteriza principalmente pelas falésias. “Esse estudo que está sendo desenvolvido é um monitoramento que vai diagnosticar a situação das falésias e deverá propor medidas de mitigação dos riscos eventualmente presentes, e também soluções para os problemas. É um programa completo”, comentou a subcoordenadora de Gerenciamento Costeiro, Rosa Pinheiro.
O coordenador do Projeto Falésias ressaltou, ainda, a importância da integração das instituições públicas para as tomadas de decisões e iniciativas a serem adotadas. “Após a finalização do diagnóstico com as identificações das áreas com maiores riscos, nosso objetivo é apontar sugestões e possíveis soluções para a redução de danos à população, sobretudo, na Pipa e na Barra de Tabatinga, mas isso de forma multisetorial. Todos os meses, estamos em campo coletando dados sobre parâmetros de ondas, escaneamento utilizando laser, imageamento do solo usando escâner de geofísica”, finalizou o professor Rodrigo de Freitas Amorim.
O Projeto Falésias é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), e executado em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).