As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 48% no acumulado entre janeiro e novembro de 2022, em relação a 2021, acumulando US$ 672,9 milhões nos onze meses desse ano. Na mesma tendência, a balança comercial registrou um superávit de US$ 277,8 milhões no período. Os dados preliminares foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. No acumulado do ano, a variação das importações também é positiva (33,2%) em relação a 2021, com U$$ 394,2 em produtos adquiridos do exterior.
Apesar do bom desempenho no acumulado do ano em relação ao ano passado, quando se compara com o mês anterior, novembro representou um saldo negativo na balança comercial, com US$ 35,8 milhões em exportações e US$ 46,9 milhões em importações, o que resulta uma diferença de US$ 11,1 milhões na balança comercial. No mês passado as exportações potiguares também tiveram volume menor do que em novembro de 2021, que registrou U$$ 51,8, o que representa uma queda de -30,8%.
O óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos. Esse grupo foi responsável por movimentar U$$ 336 milhões. Em seguida, as frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas, que representam 19% das exportações do estado somaram R$ 126 milhões.
Outros minerais aparecem com U$$ 43,3 milhões, representando 6,4% das exportações. Tecidos de algodão (4,4%), outros produtos da industria de transformação (3,2%), açúcares e melaços (2,6%), matérias brutas de animais (2,5%), foram juntos responsáveis por U$$ 87 milhões. Na lista de produtos, aparece ainda peixes, frutos do mar e pedras preciosas.
Singapura e Estados Unidos são os países que mais consomem o que o RN exporta. Somente a Singapura responde por 49% dos produtos que saem do Estado (U$$ 331 milhões). Os americanos foram o segundo maior mercado consumidor neste ano (13%), movimentando U$$ 88,3 milhões.
Além desses, Países Baixos-Holanda (6,5%), Reino Unido (5,6%), Espanha (4,5%) e Nigéria (2,5%) foram os países que mais compraram do RN, gerando U$$ 130,5 milhões em exportações para o estado.
Quando o assunto é importação, o Rio Grande do Norte adquiriu componentes eletrônicos (válvulas e tubos termônicas, de cátdo frio ou foro-cátodo, diodos, transistores), que representaram 23% das importações. Esse é o tipo de insumo usado para compor a fabricação de eletroeletrônicos dos mais variados e movimentaram U$$ 91,5 milhões.
O trigo e centeio não moídos foram responsáveis por U$$ 86,5 milhões (22%) das importações e os geradores elétricos e suas partes (19%) aparecem como o terceiro produto mais comprado, gerando U$$ 73,7 milhões.
O maior volume (45%) de compras de mercadorias pelo Rio Grande do Norte no mercado estrangeiro, vem da China (U$$ 176 milhões). Em seguida, a Argentina (U$$ 54,7 milhões), Estados Unidos (U$$ 41,9 milhões), Índia (U$$ 21,6 milhões), Espanha (U$$ 20,2 milhões) e Uruguai (U$$ 20,1 milhões) aparecem como países que o estado mais consumiu produtos neste ano.
Brasil
No Brasil, a balança comercial bateu recorde e registrou superávit de US$ 6,7 bilhões em novembro (ante déficit de US$ 1,1 bilhão, em novembro do ano passado). As exportações, somaram R$ 28,2 bilhões, o que representa alta de 30,5%, e a corrente de comércio, que alcançou US$ 49,7 bilhões numa elevação de 12% em relação a igual mês de 2021, também foram os melhores para o mês desde 1989. Em relação às importações, houve queda de 5,5% na comparação entre as médias de novembro deste ano com as de igual mês do ano passado.
No acumulado do ano, o saldo comercial superavitário em US$ 58 bilhões resulta de US$ 308,8 em exportações e US$ 250,8 bilhões em importações. A corrente de comércio do ano, portanto, já alcançou US$ 559,6 bilhões.
Entre os principais parceiros comerciais do Brasil, a Secex destacou o aumento de 35,6% nas vendas para a China, em novembro (na comparação com igual mês do ano passado, totalizando US$ 7,19 bilhões. Para a Europa, houve crescimento de 44,7%, alcançando valor de US$ 5,46 bilhões. As remessas para a América do Norte subiram 3,3%, totalizando US$ 3,97 bilhões no mês.
Do lado das importações, as compras da China cresceram 6,7% em novembro, totalizando US$ 5,06 bilhões. Houve redução de 7,6% nas compras oriundas da Europa e de 15,8%, da América do Norte.
Tribuna do Norte