Famílias de pacientes que utilizam medicamentos de alto custo fornecidos pela Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) do Rio Grande do Norte, reclamam da falta dos remédios usados nos tratamentos médicos.
Somente nesta quarta-feira (4), havia 66 fármacos distribuídos pelo sistema público de saúde indisponíveis.
Maria Nathália, 12 anos, faz um tratamento contra epilepsia desde 2019, utilizando o remédio Kepra 250mg. Porém, há três meses, deixou de receber o medicamento e agora familiares estão fazendo cotas para comprar o medicamento, que custa quase R$ 200 e dura apenas duas semanas.
“Por enquanto, estamos conseguindo, mas não sabemos até quando, pois não temos uma previsão de quando chegará o medicamento. Acredito que existam famílias dentro de Natal e arredores que também estão precisando da medicação e não tenham condições de comprar”, diz a tia da menina, a secretária Maria das Graças Silva.
O executivo de vendas Gerdiel de Brito também não conseguiu o medicamento Micofenolato de Sódio 180 mg, utilizado pela filha Luna, de 1 ano e 10 meses, que custa R$ 2 mil. A família ainda tem um estoque para duas semanas, mas não tem previsão de quando mais comprimidos.
“Minha filha fez no ano passado um transplante de fígado. Eu inclusive fui o doador. E desde então ela precisa desse medicamento. Se não chegar na Unicat, vou ter que fazer de tudo. Usar o cartão de crédito, o que for”, declarou.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e a Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) afirmaram que os medicamentos Keppra, Micofenolato e Galatamina são de responsabilidade do Ministério da Saúde e não têm previsão de envio.
g1 RN