A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN, aponta que, no mês de setembro, a atividade do setor registrou queda, embora menos intensa do que no levantamento anterior; e ficou abaixo do padrão usual para o período, tendência que se repete ininterruptamente desde fevereiro de 2013. O número de empregados também caiu em ritmo menor do que no mês de agosto. O nível médio de Utilização da Capacidade de Operação (UCO), por sua vez, atingiu 32%, 12 pontos percentuais abaixo do índice de agosto (44%) e 3 pontos percentuais aquém do valor observado em setembro de 2018 (35%).
No terceiro trimestre de 2019, as condições financeiras das empresas do setor pioraram em relação ao trimestre anterior, refletindo maior insatisfação com as margens de lucro e a situação financeira, além de dificuldades no acesso ao crédito. Os empresários também apontaram que os preços médios das matérias primas ficaram estáveis, comparativamente ao segundo trimestre.
O principal problema do trimestre, na opinião dos empresários da Indústria da Construção, foi a demanda interna insuficiente; seguida pela elevada carga tributária, falta de capital de giro, burocracia excessiva, altas taxas de juros e inadimplência dos clientes.
Em outubro, as expectativas do setor para os próximos seis meses apontam pessimismo em todos os aspectos avaliados, a saber: nível de atividade, compras de insumos, novos empreendimentos e serviços e número de empregados. Registre-se, no entanto, que em relação a outubro de 2018, as perspectivas melhoraram em três dos quatro itens analisados. A intenção de investimento, por seu turno, voltou a cair – queda de 2,1 pontos na comparação com setembro.