
O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz , divulgado nesta quinta-feira (3/7), mostra que o número de casos de Síndrome Respiratória Grave (SRAG) permanece em níveis elevados na maior parte do País.
A análise verificou também indícios de queda ou interrupção do crescimento dos casos de SRAG associados à influenza A em vários estados das regiões Centro-Sul, Norte e em alguns do Nordeste, e dos casos de SRAG associados ao VSR no Norte, Nordeste e Centro-Sul.
O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento dos casos de SRAG no país, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações, preparações e resposta a eventos de saúde pública. A atualização é referente à Semana Epidemiológica 26, de 22 a 28 de junho.
A análise aponta ainda que nas quatro últimas semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos positivos foi de 33,4% de influenza A, 1,1% de influenza B, 47,7% de vírus sincicial respiratório, 20,6% de rinovírus e 1,8% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos e no mesmo recorte temporal foi de 74,1% de influenza A, 1,3% de influenza B, 14,1% de vírus sincicial respiratório, 10,2% de rinovírus e 3,1% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, observa que alguns estados ainda seguem com tendência de aumento do número de hospitalizações por SRAG, como Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima. A especialista ressalta que os vírus que têm causado esse aumento continuam sendo a influenza A e/ou o VSR.
“Por isso, a gente reforça a importância da vacinação contra a influenza. O SUS disponibiliza a vacina de graça para os grupos prioritários, então é fundamental que todos estejam vacinados. Mesmo que você já tenha tido gripe este ano, é importante se vacinar, já que a vacina protege contra os três principais tipos de vírus da influenza que infectam humanos”, recomenda.
A influenza A segue como a principal causa de hospitalizações e óbitos por SRAG entre os idosos. Portella sublinhou ainda que a incidência de SRAG apresenta maior impacto nas crianças pequenas, estando associada principalmente ao VSR, seguido do rinovírus e da influenza A.