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Covid: Inglaterra decreta novo confinamento e fecha escolas

A tendência aumentou com o surgimento de uma nova variante do Sars-Cov-2 (conhecida como B117 e até 70% mais transmissível)

A divulgação de mais um recorde no número de novos casos de coronavírus no Reino Unido, nesta segunda (4), levou o premiê britânico, Boris Johnson, a decretar novo confinamento nacional na Inglaterra, incluindo o fechamento das escolas.

Alunos de todos os níveis voltarão a ter aulas à distância. Nas últimas 24 horas, o Reino Unido registrou 58.784 novos casos de Covid-19, maior número diário e sétimo dia consecutivo com mais de 50 mil novos doentes por dia.

O número de casos vinha crescendo no último mês, mas a transmissão se acelerou levando as estatísticas da última semana a um salto de 50% em relação à semana anterior, com um número de testes equivalente.

A tendência aumentou com o surgimento de uma nova variante do Sars-Cov-2 (conhecida como B117 e até 70% mais transmissível).

Desde o começo da pandemia, já morreram no país mais de 75 mil pessoas, o que coloca os britânicos ao lado dos italianos no topo do ranking de óbitos por coronavírus na Europa. Nas últimas 24 horas, houve mais 407 mortes, e as taxas semanais têm crescido.

Ao anunciar o novo confinamento em pronunciamento nacional, Boris disse que as pessoas só poderão sair de casa para fazer compras essenciais, trabalhar quando não houver alternativa de fazê-lo remotamente, fazer exercícios, ir ao médico ou escapar de violência.

Segundo Boris, até meados de fevereiro a expectativa é que sejam imunizados os quatro grupos prioritários (idosos e funcionários de saúde), o que permitirá um relaxamento gradual das restrições. O governo britânico adotou uma estratégia de acelerar a vacinação adiando a aplicação da segunda dose, para imunizar o maior número possível de pessoas em menor tempo.

Escolas primárias, secundárias e faculdades estarão em ensino remoto a partir desta terça – exceto para os filhos de trabalhadores-chave e crianças vulneráveis.

Segundo Boris, o risco de manter as escolas abertas não é para as crianças, que não devem ser afetadas pela nova variante. “Mas elas podem atuar como vetores de transmissão.”