Considerado o número 2 da facção criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC), o potiguar Valdeci Alves dos Santos (residia em Caicó / natural de Jardim de Piranhas) seria um dos líderes criminosos que seriam libertados no “mega plano” da facção criminosa de atacarpresídios federais de Brasília e Porto Velho (RO). Com cerca de “95% pronto” esquema foi desbaratado nesta quarta-feira (10), em operação “Anjos da Guarda”, da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (10).
Para quem não lembra, o potiguar Valdeci Alves dos Santos, conhecido como Colorido, foi preso em abril deste ano, na cidade de Salgueiro, Pernambuco. Relembre a prisão dele no vídeo abaixo, publicado pela 96 FM:
A ação desta quarta, realizada em conjunto com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), cumpriu 10 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão, no DF, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Um dos alvos, Devanir de Lima Moreira, é considerado foragido. A esposa de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, foi alvo de busca e apreensão, em São Paulo (SP).
Segundo a decisão, do juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal em Brasília, os policiais constataram “um possível Plano de Resgate de alguns integrantes da cúpula da referida ORCRIM [organização criminosa], utilizando-se de grande número de criminosos e vasto material bélico”.
Pelo menos 11 advogados, além de parentes de chefes da organização criminosa e os próprios integrantes do grupo estão entre os alvos da operação desta quarta. Segundo a PF, o plano previa o resgate dos seguintes detentos, presos em Brasília e em Porto Velho: Marcos Willians Herbas Camacho; Edmar dos Santos; Cláudio Barbará da Silva; Reinaldo Teixeira dos Santos; e Esdras Augusto do Nascimento Júnior, além de Valdeci.
Três planos
o primeiro, que ganhou o código de “STF”, trataria de uma invasão à Penitenciária Federal de Brasília;
o segundo, chamado de “STJ”, seria composto pelo sequestro de autoridades ligadas ao Sistema Penitenciário Federal, em troca da liberdade dos criminosos. Pelo menos duas pessoas foram citadas nominalmente pelo grupo.
o terceiro plano, chamado de “suicida”, consistiria de uma rebelião interna, incitada pelos chefes da facção.
O relatório aponta que umas das advogadas envolvida fez imagens do entorno da Penitenciária Federal de Brasília. Servidores também perceberam o sobrevoo de drones no local com frequência.
Ao autorizar a operação, o juiz Francisco Codevila afirma: “Nesta toada, tenho que os indícios – obtidos por monitoramento de captação, interceptação e dados telemáticos – são consideráveis e apontam na direção dos fatos criminosos cometidos, bem como a realização da busca e apreensão se mostra imprescindível para a continuidade das investigações”.
Blog Jair Sampaio