Do G1 – A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Pará investiga a morte da juíza Mônica de Oliveira, encontrada morta dentro de um carro na terça-feira (17). O juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, marido de Mônica, conta que encontrou a esposa morta dentro do carro, no estacionamento do condomínio, após uma discussão entre o casal. O corpo da juíza apresentava marca de tiro no peito. O marido, então, dirigiu o carro, com o corpo da esposa no banco, até a delegacia.
Veja abaixo o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o crime:
1- Quem era Mônica de Oliveira?
Mônica Andrade era juíza na cidade de Martins, no Rio Grande do Norte, e estava com frequência em Belém, segundo os familiares. A magistrada era natural de Barra de Santana, na Paraíba. Ela era casada, há 4 anos, com o juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, que atuava no Pará.
2 – Onde o corpo foi encontrado?
A magistrada foi encontrada pelo marido na terça-feira (17). A mulher estava morta com tiro no peito dentro do carro, no estacionamento do prédio onde morava. O marido, então, entrou no veículo e, com a mulher morta, dirigiu até a delegacia. João Augusto afirmou que a morte foi suicídio.
João Augusto Júnior afirma que “teve uma pequena discussão acerca do relacionamento” com a esposa. Após a discussão, Mônica “arrumou suas coisas e desceu, informando que iria viajar”.
No depoimento, João Augusto disse que não achou a chave do carro. Segundo ele, pegou uma chave reserva e seguiu em direção à garagem do prédio. Ao chegar lá, teria visto que o veículo estava estacionado e com a porta aberta.
O magistrado disse no boletim de ocorrência que, “ao se aproximar do carro, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo” dele, que “sempre fica guardada dentro do carro”.
3 – Há algum indiciado ou suspeito preso?
O marido da juíza, que encontrou o corpo, prestou depoimento e foi liberado após prestar depoimento
4 – Qual a causa da morte?
O marido alega que a esposa cometeu suicídio. Nesta quarta-feira (18), Monique Andrade, sobrinha da juíza Mônica de Oliveira, afirmou que teve acesso a imagens de câmeras de segurança do prédio que indicam que a magistrada cometeu suicídio.
“As imagens revelam ela saindo do apartamento com algumas malas. Ela caminha lentamente pelo estacionamento, até o carro. Depois se direciona para o banco do passageiro, na frente do veículo. Depois de longos minutos, ela comete suicídio. É nítido. É claro. Não há dúvida”, afirma Monique Andrade.
O resultado da perícia que analisa a causa da morte ainda não foi concluído.
5 – Qual a linha de investigação da polícia?
O caso é investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil, sob sigilo da Justiça. A Polícia Civil do Pará não deu detalhes, mas informou que realizou diligências, como o registro da ocorrência e a requisição de perícias, “dentro das suas atribuições legais”, e afirmou que já encaminhou o caso para o Poder Judiciário.
6 – Quando será o velório e enterro da juíza?
O corpo da juíza Mônica de Oliveira foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) por volta das 4h desta quarta-feira (18) e foi velado em uma capela na rua Domingos Marreiros, no bairro do Umarizal, em Belém. Haverá também um velório na Paraíba, onde ela nasceu.