A organização da Marcha Mundial das Mulheres de Currais Novos realizará um ato silencioso para protestar e pedir Justiça no caso Zaira Cruz.
Vestidas de preto o ato será realizado na Praça Cristo Rei, em Currais Novos, às 17:30, nesta quarta-feira (2), dia em que Zaira foi brutalmente assassinada por um policial em Caicó, no carnaval de 2019. Também haverá um ato de protesto em Caicó, próximo ao local onde ocorreu o crime.
O caso
A jovem Zaira dos Santos Cruz, de 22 anos, foi encontrada morta dentro de um carro na cidade de Caicó no dia 2 de março de 2019, durante o carnaval. Amigos de Zaira informaram à Polícia que ela havia ido dormir no carro, mas quando um deles foi até o veículo para encontrá-la, constatou que estava desacordada. Ele acionou, então, o Corpo de Bombeiros. Ao chegar no local, Zaira já estava sem vida.
O laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) apontou que a jovem foi morta por asfixia mecânica.
O delegado titular da Delegacia Municipal de Caicó, Leonardo Germano, responsável pela investigação do assassinato da estudante Zaira Cruz revelou em março de 2019 que a universitária tinha sido vítima de feminicídio e dois estupros praticados por Pedro Inácio Araújo de Maria, preso no dia 15 de março de 2019.
O inquérito demonstrou que a jovem, de 22 anos, foi estuprada pelo investigado, primeiramente, no mês de agosto de 2018, fato não denunciado na oportunidade, mas constatado na investigação. “No dia 02 de março de 2019, Zaira Cruz encontra-se com Pedro Inácio no carnaval de Caicó. Ele fica com a vítima, dentro de um veículo, entre 2h14min e 3hs da madrugada. Neste lapso temporal, Pedro Inácio tenta ter relação sexual com a universitária, porém ela nega. Diante da negativa de Zaira, ele a estupra e depois decide matá-la. Por volta das 3hs, Zaira é encontrada morta dentro do veículo, no banco do passageiro”, detalhou o delegado Leonardo Germano.
As investigações da Polícia Civil revelaram que o estupro sofrido por Zaira Cruz, no mês de agosto, foi compartilhado pela vítima em conversas com pessoa próxima a ela. A universitária relatava que Pedro Inácio tentou manter relação sexual, sem uso de preservativo, no mês de agosto de 2018, e que, em razão da negativa dela, ele a violentou.
Com informações do G1 RN e Wllana Dantas