O reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2 em 52% a cada 100 kWh, que entrou em vigor neste mês devido à falta de chuvas e à necessidade do acionamento das usinas termelétricas, deve ser um peso a mais no bolso do consumidor brasileiro. Considerando ainda que, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o nível atual dos reservatórios das hidrelétricas no Brasil é o pior desde 1931, o risco de o país enfrentar um novo apagão é real.
“Se o período chuvoso não trouxer chuvas intensas para recuperar esses níveis, a situação se agravará ainda mais. Temos que torcer pra chover muito nas regiões das bacias hidrográficas”, revela Thales Bruno, professor de Engenharia Elétrica da Faculdade UNINASSAU Natal.
Com mais um aumento que pode afetar o orçamento familiar, Thales observa que pequenos ajustes no dia a dia podem minimizar o impacto do reajuste. “Em relação ao consumo residencial, podem ser adotadas diversas atitudes para economia de energia. Por exemplo, utilizar ao máximo a iluminação natural, além de usar menos o ar-condicionado nesse período de inverno. O consumidor pode ainda substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED”, destacou.
“Também é preciso retirar o plugue dos aparelhos eletrônicos das tomadas quando não estiverem sendo utilizados, pois mesmo no modo standby, eles continuam consumindo energia”, aconselha.
No caso de adquirir algum aparelho novo, o professor lembra que muitos já utilizam a tecnologia inverter, que regula o fluxo de energia do sistema, alterando a velocidade do compressor. Esse tipo de equipamento trabalha de forma mais eficiente, sem o “liga e desliga” dos compressores comuns, evitando picos e gasto desnecessário de energia.
O professor ainda lembra que o trabalho para poupar eletricidade em casa deve ser feito em equipe, envolvendo toda a família. Assim, os resultados serão satisfatórios.